O dinheiro encontrado no porta-malas de um Renault Clio, de cor vermelha, pode ter sido adquirido de maneira ilícita. A informação foi confirmada pelo delegado titular da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), Augusto Barros, nesta sexta-feira (2), durante entrevista ao repórter Judson Carvalho, da TV Difusora.
Barros, responsável pela investigação que apura a origem e a destinação do valor de R$ 1.109.350 achado no Renault Clio vermelho, disse ao jornalismo do Grupo Difusora que o primeiro passo é descobrir quem dirigia o Honda Fit, de placa NHJ8667, de cor preta, que aparece ‘resgatando’ Guilherme Ferreira Teixeira, que trabalha para Eduardo Braide e Fernando Braide desde 2019, como mostrou em primeira mão o Portal Difusora News.
“Agora o trabalho será justamente o de saber quem dirigia esse veículo para que seja ouvido e trazer mais esclarecimentos sobre o achado desse numerário. Para que a gente possa tratar esse dinheiro como um dinheiro relacionado ao cometimento de algum crime, nós vamos precisar identificar qual seria esse crime”, explicou Barros.
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O superintendente da Seic comentou ainda que o outro objetivo da polícia é descobrir a origem do dinheiro, mas sugere que o valor de R$ 1.109.350 possa ter sido adquirido de maneira ilícita.
“Neste momento, o principal objeto da investigação é descobrir a qual crime esse dinheiro está vinculado. Nós temos um dinheiro cuja origem não é sabida, em circunstâncias suspeitas, porque foi abandonado dentro de um veículo e que sugere poder ser sim um dinheiro com origem ilícita”, pontuou.
A investigação apontou ainda que o Renault Clio vermelho esteve parado no local desde o dia 16 de julho. O que resta descobrir, segundo o delegado Augusto Barros, é se o veículo esteve no local anteriormente e se se movimentou durante esse período.
“No primeiro momento estamos buscando as imagens para tentar saber se houve essa movimentação do veículo. Vamos tentar checar isso seja por imagens de câmeras residenciais, registro de passagem desse veículo em pontos da cidade e, eventualmente, oitivas de novas testemunhas para confirmar que esse veículo não apenas foi abandonado, mas que estava ali e foi utilizado mais de uma vez”, finalizou.
O QUE SE SABE SOBRE O CASO?
Veículo encontrado
Na última terça-feira (30), R$ 1.109.350 em espécie, dividido em caixas e em maços contendo notas de R$ 50, 100 e 200, foram encontrados no porta-malas de um Renault Clio, de cor vermelha. O veículo foi abandonado na Rua das Andirobas, no bairro do Renascença.
Exoneração de funcionário da Prefeitura
Na quarta-feira (31), o Difusora News mostrou em primeira mão que Carlos Augusto Diniz da Costa, apontado como proprietário do Renault Clio foi exonerado do cargo de analista técnico da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit).
Identificação de segundo envolvido
Segundo noticiado em primeira mão pelo Portal Difusora News, Guilherme Ferreira Teixeira, aparece em imagens de câmeras de segurança saindo do carro onde o dinheiro estava e entrando em um Honda Fit, de placa NHJ8667.
Ele foi secretário parlamentar de Eduardo Braide, na Câmara dos Deputados, no período de dezembro de 2019 a dezembro de 2020. Trabalhou na Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura de 2021 até 2023 e está atualmente lotado no gabinete do deputado estadual, Fernando Braide, irmão do prefeito Eduardo Braide.
De quem é o Honda Fit preto?
O carro preto que foi resgatar Guilherme após ele estacionar o Renault Clio está em nome de Antônia Maria Martins Braide, a mãe já falecida do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, no ano de 2010.
Embora o carro tenha sido deixado no local por Guilherme Ferreira, quem aparece no local é Carlos Augusto Diniz da Costa, exonerado da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit) como mostrou o Difusora News em primeira mão.
Onde está o dinheiro?
A quantia encontrada no carro foi depositada em uma conta bancária judicial, no Banco do Brasil, onde deve permanecer até o fim das investigações.
Tags: dinheiro, eduardo braide, Fernando Braide, polícia, prefeitura