Uma reportagem da BBC relata que a plataforma de rede social Twitter, liderada por Elon Musk, não tem cumprido com seus compromissos financeiros ao pagar as indenizações dos demitidos após a polêmica aquisição no final de 2022.
A ex-chefe de recursos humanos do Twitter, Courtney McMillian, acusou a empresa de Musk de deixar de pagar R$ 2,4 bilhões (ou US$ 500 milhões) em indenizações trabalhistas devidas aos ex-funcionários da rede social.
Segundo a ação coletiva, Elon Musk sabia do plano de indenização antes da demissão em massa, no entanto, recuou diante do ‘custo’. A empresa teria demitido cerca de 6 mil pessoas desde que a empresa foi adquirida no fim de 2022.
Plano não cumprido
O plano de indenização do Twitter, estabelecido em 2019, consta que os funcionários demitidos deveriam receber no mínimo dois meses de salário base como indenização, além de uma contribuição em dinheiro para o pagamento do seguro saúde, entre outros benefícios.
Para os funcionários de alto escalão, ou seniores, seriam destinados seis meses de salário base como indenização, além de uma semana para cada ano completo de experiência.
Os demitidos queixam-se de que receberam apenas três meses de salário após os cortes. Outros funcionários teriam recebido só um mês.
Em novembro, Elon Musk afirmou que os demitidos receberiam três meses de salário, segundo ele “50% a mais do que exigido por lei”.
Enganados por Musk
Kate Mueting, advogada do Sanford Heiser Sharp, escritório que representa os funcionários demitidos, explica que Musk fez as promessas ciente dos cutos e encargos envolvidos mesmo diante do valor da aquisição da companhia na época.
“Ele aparentemente fez essas promessas sabendo que eram necessárias para evitar demissões em massa que teriam ameaçado a viabilidade da fusão e a vitalidade do próprio Twitter”, argumenta.
Após Musk assumir o controle da empresa por US$ 44 bilhões, o empresário teria demitido mais de 80% dos funcionários até o fim de 2022.
Fonte: SBT News
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