Após morte em ônibus, passageiros cobram segurança

Quem usa o transporte público sabe que a morte de Rodrigo Louzeiro, 21 anos, após um assalto na noite desta quarta-feira (1º), na Avenida dos Portugueses, é reflexo da insegurança no transporte público. Somente neste ano foram registrados 306 assaltos a ônibus, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública.

Amigos e familiares da vítima, ainda sem acreditar na perda, usaram as redes sociais para lamentar a morte do rapaz e mostrar a insatisfação com a segurança pública do estado. Jessé Ribeiro disse que estudou na mesma escola que Rodrigo e contou que ele é um jovem cheio de sonhos.

“Ele era um bom aluno, vivia falando na escola que o sonho dele era ser arquiteto. Ele tinha muito talento para tudo isso e era excelente na pintura também. Até agora estou sem acreditar”, revelou o amigo.

Passageiros usaram as redes sociais para manifestar a insatisfação com a falta de fiscalização do estado com a segurança nos ônibus. Alguns relataram que se sentem vulneráveis durante a viagem, especialmente na hora de voltar para casa.

No dia do crime, uma passageira fez um apelo ao prefeito Eduardo Braide e ao governador Carlos Brandão, por mais segurança aos usuários do transporte público. (Veja abaixo).

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) disse que se solidariza com a família do jovem Rodrigo Louzeiro pela perda e destaca que as equipes da Polícia Civil (PC-MA) e Polícia Militar (PMMA) atuam com prioridade para identificar e prender os envolvidos. Além disso, disse que diversas operações de reforço policial estão sendo executadas em toda a Grande Ilha, a exemplo da Operação Catraca, cujo objetivo é prevenir a ocorrência de assaltos a coletivos, táxis e carros de aplicativo.

Relembre o caso
Após a morte de um motorista de ônibus, os trabalhadores do transporte coletivo realizaram uma greve de quase 20 dias, pedindo por mais segurança aos profissionais e passageiros. Dentre as medidas estava a instalação de câmeras no transporte coletivo.

O Difusora News questionou a Prefeitura de São Luís sobre a fiscalização da instalação dos equipamentos, mas em nota, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte esclareceu, que o videomonitoramento dentro dos coletivos é de responsabilidade das empresas consorciadas e que o contrato de concessão não contempla a fiscalização relacionada a este serviço. O SET não se pronunciou.

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