Dois militares das Forças Armadas e outras três pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (18), durante operação Orlov realizada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), que descobriu o comércio clandestino de armas de fogo no estado do Maranhão. Além das prisões, a polícia apreendeu instrumentos de guerra, munições, veículos e ainda o sequestro de bens dos investigados.
A ação executada pelo Departamento de Combate ao Crime Organizado cumpriu 27 mandados de busca e apreensão.
O Delegado Geral de Polícia Civil do Maranhão, Jair Paiva, contou que a operação teve início no mês de maio do ano passado, com a prisão de um criminoso que estava em posse de uma pistola Glock em São Luís.
Após investigação, constatou-se que a arma utilizada estava registrada em nome de uma pessoa na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ao realizar o cruzamento de dados, a polícia descobriu que ele estava sendo usado como laranja, pois possuía arma de fogo em São Luís e que seu registro de atirador esportivo em São Luís era falso.
A arma citada pelo delegado Thiago Dantas que deu início à investigação é uma pistola Glock. Durante os trabalhos a equipe de investigadores descobriu que o indivíduo preso integrava o esquema criminoso como intermediador da aquisição de armas de fogo de forma ilegal.
Além disso, também se descobriu que havia uma empresa aberta em nome do laranja. Durante as buscas à empresa foi verificada que tratava de uma fachada usada para disfarçar o esquema criminoso já que nada foi encontrado no endereço registrado.
“Os militares do Exército trabalhavam no setor responsável pelo registro de armas. Eles faziam a aquisição do armamento de forma legal, mas em seguida colocam em nome de laranjas e vendiam pelo dobro do preço para o mercado clandestino”, conta Thiago Dantas.
A investigação identificou pelo menos 17 armas possivelmente comercializadas ilegalmente pelos alvos da operação. Além disso, empresas fantasmas também foram identificadas em nome de dois laranjas, as quais eram controladas por um militar. Entre as armas vendidas ilegalmente para o crime organizado estavam pistolas, revólveres, fuzis e carabinas.
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