Parlamento Europeu veta TikTok em celulares oficiais

O Parlamento Europeu decidiu nesta quarta-feira (01/03) proibir o uso do aplicativo da rede social de vídeos curtos TikTok em telefones e dispositivos de serviço de seus funcionários e dos eurodeputados e recomendou que ele não seja instalado em aparelhos pessoais. A proibição ocorreu um dia após medida semelhante tomada pelo governo dos Estados Unidos.

O Parlamento Europeu justificou a decisão como medida de segurança. Em nota, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Mesola, e o secretário-geral, Alessandro Chiocchetti, afirmaram que a proibição do aplicativo chinês em celulares, tablets e laptops de serviço começa a partir de 20 de março.

“A partir desta data, o acesso ao TikTok na nossa rede corporativa também será bloqueado”, acrescenta o texto enviado aos cerca de 8 mil funcionários da instituição. A nota recomenda ainda que o aplicativo também seja removido de dispositivos pessoais e destaca que a decisão levou em conta “preocupações com cibersegurança” em relação à proteção e coleta de dados.

A Comissão Europeia, braço executivo do bloco, já havia proibido funcionários de usarem o TikTok em telefones de serviço, assim como em aparelhos pessoais que utilizem aplicativos corporativos.

As proibições do aplicativo ocorrem em reação a suspeitas de ingerência da China na plataforma. A chinesa ByteDance, proprietária do aplicativo, nega essas acusações.

TikTok contesta proibição

Após a decisão europeia, o TikTok afirmou que as proibições são “equivocadas e baseadas em equívocos fundamentais” e pediu igualdade de tratamento. A empresa disse ainda que a decisão foi tomada com “base em medos e não em fatos”.

Além dos europeus, os Estados Unidos e o Canadá anunciaram banimentos semelhantes do aplicativo. A Dinamarca também proibiu a rede social em dispositivos oficiais devido “ao risco de espionagem”. O Ocidente teme que, por meio do TikTok, a China acesse dados confidenciais dos usuários da plataforma. A empresa nega que Pequim tenha ingerência na rede social.

No entanto, em novembro, o TikTok chegou a admitir que alguns funcionários da China podem acessar dados de usuários europeus. Na semana passada, a empresa garantiu proteger os dados dos seus 125 milhões de usuários na Europa.

Fonte: DW Brasil

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