As forças israelenses anunciaram, nesta quarta-feira (5), que concluíram a operação militar na Cisjordânia, território palestino atualmente ocupado, dando início à retirada das tropas. A ação, que teve início em um campo de refugiados na região de Jenin, durou cerca de dois dias e foi considerada a maior operação já realizada no local em 20 anos.

Segundo as forças israelenses, a ação ocorreu para “destruir uma infraestrutura terrorista”, chamada de Brigadas Jenin. Os soldados afirmaram que a região de Jenin servia como esconderijo para o grupo, composto por homens de diferentes facções. Mais cedo, o porta-voz dos militares, Daniel Hagari, informou que os objetivos foram cumpridos.

Durante a ação, as forças israelenses apreenderam um lançador de foguetes improvisado e atingiram uma fábrica de armas e explosivos. As tropas também disseram ter descoberto esconderijos subterrâneos de explosivos, um deles escondido em um túnel sob uma mesquita. Nos locais, foram confiscados cerca de mil armas e 30 suspeitos foram presos.

Ao todo, 12 palestinos, ao menos cinco deles combatentes, foram mortos durante a operação, enquanto dezenas de pessoas ficaram feridas. Na terça-feira (4), o Ministério da Saúde da Palestina acusou o Exército de Israel de atirar contra moradores que estavam aguardando atendimento no pátio de um hospital público de Jenin.

“A agressão de Israel atingiu seu clímax esta tarde, quando cidadãos foram baleados diretamente no pátio do hospital Jenin, ferindo três, dois deles com gravidade”, disse o ministro da Saúde, Mai al-Kaila. Momentos depois, as forças israelenses responderam, afirmando que os relatos não eram conhecidos pelos soldados.

Com a retirada das tropas de Israel, os moradores que haviam desocupado o acampamento de refugiados começaram a retornar. Ao todo, 500 famílias foram retiradas do local, totalizando quase 3 mil pessoas. Estima-se que o campo seja abrigo para 11 mil pessoas.

Fonte: SBT News

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