Oitenta imóveis do Centro Histórico de São Luís foram vistoriados pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDECMA) de janeiro a março de 2024. Das construções históricas mapeadas pelo órgão estadual, em quatro foram identificados estruturas em risco, com ocorrências de desabamento de telhado, muro, laje e fachada.
Em 2023, conforme a Defesa Civil Estadual, foram vistoriados 261 imóveis no Centro Históricos de São Luís. Destes, 75 prédios apresentaram alguma situação de risco.
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Vistorias
Durante as vistorias, são inspecionadas as estruturas das construções para avaliar e identificar possíveis pontos de fragilidade. Após as inspeções, os imóveis recebem a classificação de ‘baixo’, ‘médio’ ou ‘alto risco’, dependendo da situação em que se encontram. A Defesa Civil avalia ainda os riscos de incêndio e emergência, a fim de identificar potenciais situações e promover a prevenção.
As verificações contam também com atuação do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), que inspecionam situações como a presença de materiais inflamáveis, obstrução de saídas de emergência e a falta de sistemas de combate a incêndios adequados.
Após as vistorias, é emitido laudo técnico, que norteia os órgãos responsáveis na promoção das medidas necessárias à preservação e restauração desses imóveis históricos.
“As irregularidades que representem riscos iminentes são notificadas aos órgãos competentes, para as devidas correções serem realizadas, nos prazos determinados. É um trabalho pela preservação do patrimônio arquitetônico da cidade, e, principalmente, para garantia da segurança de quem vive e transita nesses espaços”, explica o chefe do departamento técnico da Defesa Civil Estadual, capitão Carlos Veiga.
Desabamento na Rua do Giz
No último sábado (8) um casarão desabou na Rua do Giz, no Centro Histórico de São Luís. O imóvel caiu em cima de dois carros que estavam estacionados na frente do prédio. A construção estava escorada por uma estrutura de madeira, que não suportou o peso das paredes e todo o casarão veio abaixo.
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão, o proprietário da construção histórica vem sendo notificado a realizar reparos na estrutura do prédio desde 2011, quando o imóvel sofreu um desabamento parcial.
Mesmo sendo notificado várias vezes em mais de 10 anos pelo Iphan, proprietário nunca reformou o prédio que desabou no último sábado.
Tags: casarões, centro histórico, defesa civil, Maranhão