Centro Histórico: há mais de dez anos, o dono é notificado sobre casarão que desabou

O desabamento de um casarão histórico localizado no Centro Histórico de São Luís, ocorrido no último sábado (8), poderia ter sido evitado, segundo a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão.

De acordo com nota que a autarquia federal enviou ao Portal Difusora News, o proprietário da construção histórica, localizada na Rua do Giz, vem sendo notificado a realizar reparos na estrutura do prédio desde 2011, quando sofreu um desabamento parcial.

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Naquele ano, segundo o Iphan, o órgão federal realizou alguns serviços emergenciais, incluindo uma estrutura de madeira para escorar o prédio, visando fazer com que o imóvel se mantivesse de pé, até que fossem realizados serviços definitivos de restauração, que deveriam ser feitos pelo proprietário do imóvel.

Entretanto, nem em 2011, quando da primeira notificação, e nem nos anos seguintes, o dono do casarão fez qualquer tipo de reparo, o que levou ao desabamento do prédio em cima de dois veículos, no último sábado.

Mais notificações
O Iphan informou que o proprietário do casarão foi notificado mais duas vezes após o primeiro desabamento em 2011, em uma delas, o órgão federal realizou uma audiência de conciliação, onde o dono do imóvel se comprometeu a executar obras na edificação.

Os serviços seriam realizados em duas etapas: a primeira consistiria nas obras emergenciais para estabilizar a edificação e eliminar o risco de novos desmoronamentos e a segunda seria para recuperar o imóvel integralmente. “O proprietário apresentou um projeto emergencial de estabilização em 01 de setembro de 2021, aprovado pelo IPHAN em 28 de setembro 2021. No entanto, ele nunca iniciou a execução dos serviços”, destaca a nota do Iphan.

Em 2022, o Iphan realizou uma nova vistoria no casarão e constatou que nenhum serviço de manutenção ou conservação preventiva havia sido realizado no imóvel pelo proprietário, que segundo a autarquia, contribuiu para o seu arruinamento e consequentemente para o desabamento parcial no último dia 8 de junho.