A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) anunciou que vai abrir um novo inquérito para apurar um esquema de grilagem de terras na cidade de Barra do Corda, onde um fazendeiro contratou policiais suspeitos de integrarem milícias para desocupar uma área na zona rural do município.
Na ocasião, policiais militares foram surpreendidos por uma emboscada, que resultou na morte do sargento Walmir, do 5° BPM, encontrado totalmente carbonizado.
Segundo as investigações, por trás do conflito há um suposto esquema de grilagem, que envolve grileiros de outros estados, especializados em lotear terra sem autorização do órgão competente.
A polícia identificou um fazendeiro, conhecido como “Evangelista”, que seria o responsável de contratar os policiais militares, para desapropriar as terras em Barra do Corda, na última sexta-feira (10). Ele é considerado foragido.
Ainda segundo a polícia, na segunda-feira (13), a apresentação do fazendeiro foi negociada com advogados, mas sem sucesso. No entanto, o filho do investigado, identificado como Evangelista Filho, se apresentou à delegacia nesta quarta-feira (15), onde foi constatado que o mesmo já havia sido preso por caça e porte ilegal de armas de fogo.
Além disso, Evangelista Filho tinha a função de vigiar as terras desapropriadas e de cadastrar famílias invasoras de propriedades, para depois tentar acordo com os verdadeiros proprietários, tirando vantagens financeiras.
Os policiais encontram-se presos e podem ser expulsos da corporação, sob a acusação de formação de milícia. Ademais, a polícia continua à procura dos três irmãos indicados como líderes da emboscada, identificados como: Antônio Fernandes da Silva, Adonias Fernandes da Silva e Antônio Joacir Fernandes da Silva.