Um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostrou que o Maranhão é o quinto estado do país em número de focos de queimadas. Estatísticas apontam que, somente no mês de junho, foram registrados mais de 1.166 focos de incêndios.
O Brasil foi o terceiro país da América do Sul com o maior número de casos de incêndio. Ao todo, foram contabilizados 36.811 focos de incêndio captados por imagens de satélite. No Maranhão, até o dia 2 de julho, foram contabilizadas 2556 ocorrências de focos.
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Em 2023, o Corpo de Bombeiros traçou um plano de trabalho nas regiões com alta incidência de focos de calor e de queimadas para atuar durante o período de estiagem. Áreas indígenas também entraram no plano com o intuito de evitar incêndios nas aldeias.
O estudo mostrou também que a região Nordeste é a segunda maior no número de incêndios em áreas de vegetação. No Maranhão, as cidades de Balsas (135), Mirador (116) e Fernando Falcão (99) lideram as primeiras posições entre os municípios com o maior número de focos queimadas.
O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão informa que, no estado, os incêndios florestais se intensificam no segundo semestre do ano, em decorrência de fatores como baixa precipitação pluviométrica (chuvas), altas temperaturas (calor), baixa umidade relativa do ar, manejo incorreto do fogo e estiagem prolongada. Até o primeiro semestre deste ano, foram registrados 2.136 focos de incêndios no Maranhão. Balsas e Mirador são as regiões com maior incidência desses casos.
“O plano Maranhão Sem Queimadas traz iniciativas para combate e prevenção a incêndios, além de formas para minimizar os danos ambientais e sociais causados por estas ocorrências. Nesta operação, o Corpo de Bombeiros atua em parceria com outros órgãos do governo estadual e integrados com as comunidades”, pontuou o chefe da 5ª Seção, tenente-coronel José Lisboa.
Em nota, o Corpo de Bombeiros para conter os casos, executa a operação Maranhão Sem Queimadas, que contempla uma série de medidas, entre estas, mobilização de efetivo especializado para monitoramento e detecção em campo – a pé e com uso de drones -, a fim de identificar áreas mais críticas e focos de incêndio; aplicação de técnicas de combate direto ao fogo, com uso de equipamentos adequados ao controle de chamas; construção de aceiros para impedir a propagação do fogo, especialmente em áreas de maior risco; campanhas educativas para conscientizar as comunidades sobre a queima controlada e medidas preventivas.