Uma decisão judicial, por meio da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, proibiu na última sexta-feira (28) que três lideranças da Igreja Pentecostal Jeová Nissi e da Igreja Ministério de Gideões promovam qualquer tipo de manifestação que ameacem ou perturbem a prática de religiões de matriz africana no estado do Maranhão.
Em 24 de abril de 2022, Flávia Maria Ferreira dos Santos, Charles Douglas Santos Lima e Marco Antônio Ferreira, lideranças religiosas das igrejas citadas anteriormente, organizaram junto com um grupo de manifestantes um protesto em frente à Casa Fanti Ashanti, local onde funciona um terreiro de matriz africana, no bairro do Anil.
No dia do protesto, haveria uma festa dedicada ao orixá Ogum. Do lado de fora, era possível ouvir os protestantes gritando “a palavra de Deus não pode parar” e “Vamos expulsar os demônios”, segundo informações da Ação Civil Pública.
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Diante do caso, além da justiça determinar pela proibição das práticas mencionadas acima, também impôs uma multa de R$ 2.000,00 em caso da situação se repetir e também condenou aos réus o pagamento de R$ 5.000,00 por danos morais coletivos.
O Difusora News já mostrou aqui casos envolvendo a prática de intolerância religiosa contra religiões de matriz africana. No final do mês de abril, o Terreiro de Mina, localizado em Paço do Lumiar, foi alvo de ataque racista religioso por um pastor de uma igreja evangélica.
Em julho de 2023, a estátua de Iemanjá, orixá cultuada por religiões africanas, que fica na praia do Olho D’água, em São Luís, foi alvo de depredação durante um ato de vandalismo.