A Clarin Companhia de Dança retorna a São Luís com uma vasta agenda de espetáculos para todos os gostos. Clarin no Maranhão é uma iniciativa da própria companhia que levará trabalhos que já circularam no território brasileiro para o palco do Teatro Arthur Azevedo, no centro histórico de São Luís.
“Ou 9 ou 80”, “Le Bizu”, “Cebola” e “Da Cor de Cobre” serão os espetáculos da companhia apresentados nos próximos finais de semana no Teatro Arthur Azevedo. A venda dos ingressos já está disponível em preços populares: R$40,00 reais inteira e R$20,00 a meia, mas comprando antecipado, todos pagam R$20,00 + 1kg de alimento. Os ingressos já estão disponíveis no www.ingressodigital.com ou na bilheteria do teatro.
Espetáculo “Ou 9 ou 80”:
“OU 9 OU 80” é a segunda obra da Clarin Cia de Dança. Um espetáculo denuncia, de passinho e funk que trabalha com dois trágicos acontecimentos, as 9 mortes em Paraisópolis – SP e os 80 tiros no carro de uma família em Guadalupe – RJ. Utilizando essa linha de acontecimentos essa parceria entre RJ e SP, leva ao palco as vidas dos dançarinos das periferias dessas cidades. Premiado como MELHOR ESPETÁCULO PRESENCIAL de 2021 pela “APCA – Associação Paulista dos Críticos de Artes’, o trabalho apresenta as dificuldades na vida de muitos jovens periféricos, passando pelo preconceito, racismo, homofobia, gordofobia e desigualdade social, mostrando que mesmo com todas essas dificuldades, eles encontram nesses acontecimentos, lugares de inspiração e motivação para seguir na luta diária de viver, e viver da arte e da dança. Nesta edição em São Luís – MA a Clarin convida o Grupo da cidade “TENTAÇÃO DO FUNK” para participação no espetáculo neste intercâmbio de periferias.
Espetáculo “Le Bizu”:
“Le Bizu” foi o nome da primeira boate da família Prudêncio, em 1974, na cidade de Poção de Pedras, interior do Maranhão. Esta é a quinta obra da Clarin Cia de Dança. A obra é uma homenagem aos avós do diretor Kelson Barros, que foca esse trabalho para o público da terceira idade, utilizando-se de músicas das épocas de 70 e 80 para construir a narrativa sobre os acontecimentos das histórias que aconteciam na boate. A trilha conta com nomes que vão de Waldick Soriano, passando por Reginaldo Rossi, Diana, entre outros.
Espetáculo “Cebola”:
“Cebola – cascas de um todo” – foi a primeira obra da Clarin Cia de Dança. Com direção e criação de Kelson Barros e coreografia de Rivaldo Ferreira, a obra faz uma reflexão sobre os tipos de relacionamentos, utilizando a metáfora da cebola para trabalhar sobre as várias camadas do amor. O bailado deste trabalho busca impressionar por sua precisão coreográfica. Uma troca de olhar, a entrega de uma rosa e muita dança, tudo em torno de um banco de praça, onde se param para ver as pessoas passarem e lembrar de momentos de tranquilidade com o ser amado. A trilha é executada ao vivo, e utiliza-se de músicas de MPB e Bossa Nova para atingir no íntimo de cada pessoa lembranças de relacionamentos.
Espetáculo “Da Cor de Cobre”:
“Da Cor de Cobre” é uma releitura poética do auto do Bumba-meu-boi, que apresenta estórias encantadas sobre alguns dos personagens existentes nesse folguedo. O auto do bumba-meu-boi visto de um lugar mágico, através de uma brecha entre o mundo real e encantado, no qual Pai Francisco e Catirina podem transitar. Terceira obra da Clarin Cia de Dança, o espetáculo tem direção e coreografia de Kelson Barros. Esta obra é uma homenagem a todos os grupos existentes e resistentes da cultura tradicional brasileira. Uma forma de chamar atenção para o folclore nacional e ressignificando essa manifestação popular, que acontece na rua, utilizando os elementos técnicos da caixa-cênica para recriar os ambientes mágicos das estórias do auto. Nesta edição de São Luís, a Clarin convida para dividir o palco com os artistas da cia, alguns integrantes dos grupos tradicionais da cidade que contribuíram nas pesquisas durante a criação da obra. São eles: Boi de Leonardo, Boi da Floresta, Boi de Maracanã, Boi de Axixá, Boi de Santa Fé e Boi de Morros.
Sobre a Companhia:
A Clarin Cia. de Dança nasce da junção de artistas de origens e experiências diferenciadas, como a capoeira, o breaking, o ballet, o passinho phoda, o funk e as danças brasileiras. Todas elas aglutinadas ao redor da ideia da experimentação em dança e na cultura popular. Uma companhia que vem desenvolvendo sua pesquisa em torno da dança popular contemporânea desde 2013, ano em que foi criada por Kelson Barros, artista maranhense, residente em São Paulo desde 2003.
Fonte: Assessoria
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