Os professores da rede pública de São Luís irão paralisar suas atividades na manhã desta quarta-feira (24). O ato público será realizado às 8 horas, na Praça Deodoro, no centro da capital maranhense. A paralisação faz parte da Semana Nacional de Defesa e Promoção da Educação Pública, mobilização que será feita em todo o Brasil até o dia 26 de abril.
As principais reivindicações dos professores de São Luís são:
- Climatização e reforma de todas as escolas;
- Condições de trabalho que permitam o atendimento das crianças com deficiência;
- Por condições de trabalho que permitam os professores trabalharem sem adoecer;
- Fim do Assédio moral e desrespeito com os docentes de São Luís;
- Melhorias na carreira;
- Pelo pagamento da Gratificação de Difícil Acesso aos concursados de 2016.
No início deste mês, o Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de São Luís (Sindeducação) produziu um levantamento sobre as condições estruturais das escolas da capital maranhense. A pesquisa revelou que 22 escolas de São Luís estavam fechadas em pleno ano letivo por não apresentarem condições adequadas para receberem os alunos.
“A rede enfrenta problemas crônicos e históricos, que têm a ver com as péssimas condições de estrutura física das escolas, mas também porque nos últimos 10 anos não construiu nenhuma unidade de ensino, o que resultou a superlotação das salas e a precarização das condições de trabalho”, afirmou a professora Ana Paula Martins, diretora do Sindeducação.
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Ainda neste mês de abril, a Defensoria Pública do Estado entrou na justiça para que a Prefeitura de São Luís amplie vagas para estudantes de escolas públicas da capital, após receber os dados do levantamento realizado pelo Sindeducação, que indicaram que as 22 escolas fechadas causam prejuízos enormes aos alunos.
Segundo a diretora Ana Paula Martins, a educação de São Luís está em crise por diversos fatores, incluindo a não valorização dos professores das escolas públicas.
“A educação está em crise devido ao fato de os professores não terem o básico: um ambiente saudável e salubre para trabalhar. Isso causou inúmeros problemas como a falta de qualidade do ensino, adoecimento dos professores, carência de professores e de outros profissionais nas escolas e a falta de condições para incluir as crianças e jovens com deficiência”, concluiu.
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A Semana Nacional de Defesa e Promoção da Educação Pública é promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadores da Educação (CNTE). Na capital maranhense, de acordo com o Sindeducação, o ato terá o objetivo de pressionar a Prefeitura de São Luís para que as negociações entre as duas partes sejam retomadas.
Tags: Brasil, Educação, Maranhão, prefeitura, São Luís