Depois que a personal trainer Kátyna Baía, de 44 anos, e a veterinária Jeanne Paolini, de 40, ficaram presas 38 dias na Alemanha por terem as malas trocadas por bagagens com droga, passageiros buscam redobrar os cuidados para não terem viagens arruinadas.
O analista de sistema Adriano Crespo conta que além de usar o cadeado, a fechadura com senha e a etiqueta de identificação, ainda resolveu gravar um vídeo para comprovar que a mala despachada na viagem para a suíça é mesmo a dele.
Segundo Adriano, até pouco tempo ele apenas despachava a bagagem e não tinha preocupação, mas agora é necessário “uma certa segurança de que nossa mala é a nossa mala.”
Já o empresário Guilherme Calixto ainda utiliza um dispositivo que permite acompanhar a localização da bagagem por meio de um aplicativo no celular.
“Desde quando lançaram a airtag, aquele da apple, eu sempre comprei, coloco na minha mochila, mala despachada, mala de mão, se caso algum dia vier um incoveniente de despachar, você consegue saber onde está, se chegou no terminal, se não chegou”, conta.
Ele afirma que o caso das mulheres presas na Alemanha reacendeu o alerta. “Em caso de roubo que está acontecendo agora também, ainda mais colocando drogas dentro de malas, a gente tem que ficar meio atentos a isso tudo”, conclui.
Direitos do passageiro
A advogada especialista em direito do consumidor Renata Abalem destaca que é importante tais cuidados e orienta como o passageiro deve proceder caso haja algum problema com as bagagens.
“O consumidor imediatamente, seja, a mala dele apareceu molhada, a mala dele apareceu torta, ou quebrada, o que for, ele se dirige até aquele balcão e preenche um formulário. Ali ele vai relatar, alé ele vai tirar foto se forem necessárias, alí ele vai pedir que tudo seja detalhado, o que aconteceu, tanto uma bagagem estragada quanto a ausência da bagagem”, diz.
Mais segurança
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informou por meio de nota que está buscando, junto aos aeroportos e as empresas aéreas, adotar ações que visem corrigir eventuais vulnerabilidades no sistema de despacho de bagagens, principalmente em voos internacionais.
Ações como vigilância por meio de circuito fechado de TV e o credenciamento e verificação de antecedentes criminais de todos os funcionários com acesso às bagagens estão sendo tomadas, de acordo com a Agência.
A Polícia Federal também informa que tem adotado medidas para coibir esses crimes. “A gente vai reforçar a segurança e trabalhar nisso, tanto na parte investigativa como na parte preventiva aqui do aeroporto”, afirma um delegado da PF.
Fonte SBT News
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