A Justiça Federal autorizou a condução coercitiva dos sócios da 123 Milhas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga o esquema de pirâmides financeiras.
A decisão também proibiu os irmãos Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Julio Soares Madureira, proprietários da agência de viagens, de deixarem o Brasil, antes de comparecerem à CPI. Os empresários faltaram nas duas vezes em que foram convocados para prestar esclarecimentos aos parlamentares e, agora, são esperados para depois na próxima quarta-feira (06).
O parecer do juiz Edison Grillo, da 3ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, atendeu a um pedido do deputado federal Aureo Ribeiro, presidente da CPI das Pirâmides Financeiras. O magistrado, porém, negou a solicitação para que Ramiro e Augusto tivessem os passaportes apreendidos.
“Existe uma grande suspeita de uma pirâmide financeira, baseada nessas pessoas que entram para cobrir rombos que estão estabelecidos. A 123 Milhas fez uma propaganda maciça para arrecadar mais, e não conseguiu entregar aos seus clientes essas passagens compradas”, argumenta o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).
Na última quinta-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais aprovou o pedido de recuperação judicial da 123 Milhas, que alegou ter dívidas de R$ 2,3 bilhões. Em 18 de agosto, a empresa anunciou a suspensão da venda de passagens do pacote “promo” entre setembro e dezembro 2023.
Após reunião com o secretário nacional do consumidor, Wadih Damous, ficou acordado com os sócios da 123 Milhas que a empresa deve buscar reduzir os danos sofridos pelos consumidores. Foi estabelecido ainda que a agência elabore um plano de compensação e informe o número de clientes que foram lesados.
Fonte: SBT News
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