O senador Hamilton Mourão (PL-RJ) reconheceu nesta 5ª-feira (9) que o caso envolvendo as joias enviadas pela Arábia Saudita como forma de presentear a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro e o ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), pode atingir aliados do ex-mandatário. Indagado sobre o papel dos militares envolvidos e o fato de o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque ter atuado na intermediação da entrega dos diamantes, o ex-vice presidente foi categórico:

“A corda vai acabar arrebentando do lado mais fraco”, respondeu em referência aos aliados de Bolsonaro.

O parlamentar evitou fazer consideração direta sobre a atuação de Bolsonaro no episódio. “É um caso complicado. Eu era vice-presidente do Bolsonaro e fica muito chato tecer alguma consideração a esse respeito sem ter todos os dados”. E se esquivou quando perguntado se aceitaria um presente de valor milionário: “A Arábia Saudita não iria me dar joias”, respondeu em tom bem-humorado. As informações são do Jornal O Globo.

O caso das joias que ficaram retidas pela alfândega no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, entrou na mira dos órgãos de investigação, como Polícia Federal e Ministério Público Federal, após denúncia do Jornal O Estado de São Paulo. Os diamantes são avaliadas em R$ 16,5 milhões. Entre os presentes dados ao ex-presidente estão um relógio, uma caneta, um par de abotoaduras, um anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça Chopard. Como o conjunto foi considerado pelo antigo governo como regalo “personalíssimo”, estão em posse de Bolsonaro. As peças foram incorporadas ao acervo pessoal do ex-presidente após entrarem no país sem serem declaradas à Receita Federal pela comitiva do ex-ministro Bento Albuquerque.

Fonte: SBT News

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