Homem acusado de envenenar companheira com chumbinho vai a júri popular

Nesta segunda-feira (18), será realizado o julgamento de Moisés Pereira da Cruz, acusado de matar sua companheira, Valquires Silva da Conceição, com veneno. Além do feminicídio, ele também é investigado por suspeita de estupro das duas filhas da vítima.

O crime ocorreu em outubro de 2022, no Povoado Bananal, localizado na zona rural de Governador Edison Lobão, a 659 km de São Luís.

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O julgamento será realizado na 1ª Vara Criminal de Imperatriz, sob a presidência da juíza Edilza Barros.

O caso

Conforme a denúncia, Moisés Pereira e Valquires Silva mantinham uma relação de união estável há oito anos.

No dia 28 de outubro de 2022, Valquires foi à igreja acompanhada das filhas, enquanto Moisés permaneceu em casa. Ao retornarem, o acusado havia comprado açaí e ofereceu à companheira. Após consumir o alimento, Valquires começou a passar mal. Posteriormente, descobriu-se que o açaí continha veneno do tipo “chumbinho”.

Durante a madrugada, uma das filhas de Valquires procurou o avô pedindo ajuda, relatando que a mãe não estava bem.

Ao chegar à residência, o pai da vítima percebeu que Moisés não havia prestado socorro e se manteve calado. O avô conseguiu um veículo para levar Valquires ao hospital, onde ela já chegou sem vida.

O corpo da vítima foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito e, posteriormente, ao Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz. Após análise pericial, foi confirmada a presença de substâncias químicas características do veneno popularmente conhecido como “chumbinho”.

Estupros

Além do feminicídio, o processo também aponta que Moisés teria cometido estupro de vulnerável contra as filhas menores de Valquires.

A vítima teria descoberto os abusos, o que, segundo a investigação, pode ter motivado Moisés a cometer o envenenamento.

Tags: feminicidio, governador edison lobão, imperatriz, julgamento