Com 11 feminicídios registrados no Maranhão em 2024, dois a menos se comparado ao período homólogo, o Difusora News procurou uma especialista em relacionamento e comportamento para falar sobre os sinais que antecedem a violência contra mulher. Nesta terça-feira (9), uma jovem foi morta pelo ex que não aceitava o fim do relacionamento.
A psicóloga Evelyn Lindholm disse que é possível perceber sinais de um homem que tem a intenção de cometer feminicídio e todos estão ligados ao comportamento dele.
“É possível identificar sinais de alerta que indicam um potencial agressor. Por exemplo, um comportamento de controle excessivo, ciúmes patológicos, explosões de raiva desproporcionais, controles comportamentais, sociais, de contato ou até mesmo de vínculos familiares são sinais importantes a serem observados”, explicou a psicóloga.
De acordo com Evelyn Lindholm, é fundamental que a mulher fique atenta aos sinais de controle e manipulação por parte do parceiro no início da relação. Ela afirma que críticas constantes quanto as escolhas de roupas ou amizades e comportamentos possessivos também são indicadores preocupantes.
Evelyn Lindholm ressaltou que a mulher precisa priorizar sua segurança ao identificar sinais de um possível agressor.
“A mulher pode buscar apoio de amigos e familiares próximos, compartilhando suas preocupações e buscando orientação sobre como proceder. Desenvolver um plano de segurança pessoal, incluindo ter um lugar seguro para ir em caso de emergência e ter acesso a recursos financeiros independentes, também é importante. Buscar uma rede de apoio é fundamental”, aconselhou a especialista.
Em um relacionamento conturbado como foi o de Idelany do Nascimento Pestana ou em tanto outros, Evelyn Lindholm, pontuou que o motivo pelos quais as mulheres podem permanecer em relacionamentos abusivos são diversas e complexas.
“Elas podem temer pela própria segurança ou pela segurança de seus filhos, especialmente se o agressor ameaçou causar danos caso ela tente sair. Além disso, muitas mulheres podem sentir-se emocionalmente dependentes do parceiro ou podem ser economicamente dependentes dele, o que dificulta a saída da relação. A manipulação psicológica por parte do agressor também pode fazer com que a vítima duvide de si mesma e de suas capacidades de sobreviver sem ele”, concluiu a psicóloga.
Em casos de violência doméstica, a vítima poderá denunciar o agressor pelos números: 100, 180 e 190.
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