O ministro Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, determinou nesta terça-feira (30) uma fiscalização extraordinária na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região – primeira e segunda instância da Operação Lava Jato, de Curitiba.
Salomão abriu uma correição extraordinária nas duas unidades, após o juiz federal Eduardo Appio ser afastado da 13ª Vara Federal pelo TRF-4 e acionar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O ministro determinou a fiscalização imediata das unidades. A devassa nos gabinetes dos juízes e desembargadores está programada para começar na quarta-feira (31) e vai até sexta-feira (2).
“Considerando a existência de diversas Reclamações Disciplinares em face dos Juízes e Desembargadores que atuam na 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba e na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região;após diversas reclamações disciplinares em face dos juízes e desembargadores que atuam na 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba e na 8ª Turma do TRF-4”, registra a portaria do corregedor.
Caso Tacla
Appio assumiu os processos da Lava Jato na primeira instância em fevereiro. Depois de rever decisões tomadas pelo primeiro juiz do caso, o atual senador pelo União do Paraná, Sérgio Moro, ele abriu investigação para apurar suposta chantagem aos investigados, relatada pelo operador de propinas Rodrigo Tacla Duran.
O caso motivou o afastamento de Appio, da 13ª Vara Federal, em maio, por ordem dos desembargadores do TRF-4, após suposta tentativa de intimidação ao desembargador Marcelo Malucceli.
Fonte: SBT News