Morreu nesse sábado (15) o mestre Zumbi Bahia, um dos maiores representantes da Cultura Afro-brasileira.
Mestre Zumbi Bahia era Coreógrafo, Cantor, Compositor Percussionista, Professor e Pedagogo. Identificado como um dos primeiros difusores da Dança Afro em Pernambuco e um dos responsáveis pela retomada da Capoeira, naquele Estado, na década de 1970, também ajudou a fundar o Balé Primitivo e, posteriormente, o Balé de Arte Negra de Pernambuco.
Além de Pernambuco, Zumbi Bahia também atuou em outros estados do Brasil (Salvador /BA — João Pessoa/PB — Fortaleza/CE — Belém/PA — São Luís/MA) e também fora do Brasil (Paraguai, Áustria, Tailândia, Singapura e França).
Entre suas muitas atividades destinadas à Cultura Afro-brasileira, mestre Zumbi criou O Coletivo Cultural Oficina Afro e através desse coletivo transmitiu conhecimento por todo Maranhão com cursos, oficinas, palestras e outras atividades pedagógicas de ensinamentos e formação da juventude negra. Influenciou o surgimento e fortalecimento de outros coletivos culturais afro, como o AFROVERMELHO de Codó.
Mestre Zumbi deixa um legado na cultura em geral, mas principalmente em meio aos artistas afro-brasileiros os quais ajudou a formar.
O produtor e ator Denilton Neves contou um pouco sobre a influência do mestre, que por meio de sua escola oficina ajudou a tirar muitas crianças e adolescentes do mundo das ruas formando muitos meninos e meninas que hoje são grandes artistas como músicos, percussionistas e cantores.
“Eu conheci o mestre Zumbi Bahia em Recife, onde ele tinha um grupo de cultura Afro e para minha grata surpresa quando eu cheguei aqui São Luís o reencontrei. Ele sempre foi uma pessoa muito humana. O reencontrei na faculdade, ele foi um grande mestre de cultura popular então, é uma lacuna muito grande para sociedade maranhense e para a cultura popular que fica mais pobre com a partida do nosso mestre. Mas espero que os ensinamentos dele permaneçam vivos. Meus pesâmes à nossa querida Valdeci Vale, a esposa dele, a companheira guerreira que lutou todos esses anos junto com ele. E a oficina afro vai continuar aí. Salve mestre Zumbi! Salve! Salve sempre!” Comentou Denilton Neves.
Por Leilane Nathália
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