Milhares de manifestantes bolsonaristas invadiram e atacaram na tarde deste domingo, 8, os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Parte do grupo contrário à vitória de Lula, que tomou posse há uma semana, saiu do acampamento montado há quase dois meses diante do quartel-general do Exército, na capital federal, rumo à Esplanada dos Ministérios e furou bloqueios policiais.
Pouco antes das 16h, policiais tentaram dispersar o grupo com o auxílio da cavalaria.
Os manifestantes não se intimidaram com bombas de efeito moral, lançadas por volta das 14h40. Agentes da Força Nacional, convocada neste sábado em resposta à mobilização para os atos pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tentaram conter o ataque.
Após tomar a rampa e cúpula externa do Congresso, o grupo migrou em direção ao Palácio do Planalto e para o STF, na Praça dos Três Poderes. Os manifestantes conseguiram entrar na área da sede do Executivo e tentam avançar na parte interna do prédio.
“Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência”, afirmou nas redes sociais o presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco, que disse ter entrado em contato com o governador do Distrito Federal.
Da sede do Ministério da Justiça, Flávio Dino afirmou que “essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”. “O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, escreveu.
Também pelas redes sociais, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que era ministro da Justiça do governo Jair Bolsobnaro, repudiou as ações e o que chamou de “cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios”. Determinei ao setor de operações da SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal) providências imediatas para o restabelecimento da ordem no Centro de Brasília”, escreveu.
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