Os brasileiros estão comprando menos tablets. Seja na pessoa física ou na jurídica. Estudo da IDC Brasil mostra uma queda de 26% nas vendas do device, no mercado corporativo a baixa foi de 57% em relação ao mesmo período de 2022. No total, de janeiro a março deste ano, foram comercializados 529,2 mil aparelhos, gerando uma receita de R$ 705 milhões.
Para Renato Murari de Meireles, analista de mercado sênior de Mobile Phones & Commercial Devices da IDC Brasil, os setores de Educação e Governo foram os grandes responsáveis pelos números ruins do setor corporativo e, juntos, representaram 66% da queda destacada.
“Entendemos que o governo, nos âmbitos federal e regional, ainda está em período de reestruturação e planejamento, e os investimentos que serão destinados a tecnologia estão passando por avaliações. Com isso, vimos uma forte retração no primeiro trimestre de 2023, puxando todo o resultado do período para baixo”, avalia.
Meta Quest Pro
Lançado em outubro de 2022, o Meta Quest Pro é o mais avançado headset de realidade virtual da Meta. Ele possui sensores de alta resolução para experiências de realidade mista, telas LCD nítidas para visuais de alta qualidade e consegue identificar movimentos oculares e faciais para ajudar os avatares a refletirem as pessoas de forma mais natural em VR. Custando US$ 1.499,99, o Meta Quest Pro começou a ser vendido em 25 de outubro de 2022.
Já sobre o crescimento nas vendas do varejo, o analista explica que as faixas de preço intermediária e premium tiveram um aumento considerável nesse começo de ano, justamente por mudanças no perfil de consumo dos usuários. “Os fabricantes estão buscando atender a uma demanda de consumidores de tablets com especificações mais robustas e abasteceram o varejo com produtos dentro destas características. Como resultado, acompanhamos um crescimento de 4% entre janeiro e março, em comparação ao mesmo período do ano anterior”, explica Meireles.
A receita total do mercado caiu 5%, no ano contra ano, registrando R$ 705 milhões nos primeiros três meses de 2023. O resultado foi amenizado pelo aumento das vendas no varejo, que tiveram ticket médio mais alto e geraram um faturamento 41% maior no período.
Para o restante do ano, a IDC prevê grandes desafios para fabricantes e varejistas no B2C, como a manutenção de uma operação saudável frente ao abastecimento dos canais e o giro de vendas dos produtos para o consumidor final. “Será preciso entender o comportamento do varejo e dos consumidores quanto à crise de importantes players do mercado. Outra dificuldade diz respeito ao fator preço, que tende a sofrer impacto direto, caso o cenário macroeconômico se desenhe em caminhos incertos”, prevê Meireles.
Fonte: Forbes
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