Maranhense desenvolve tecnologia para monitorar água em plataformas de petróleo

Pesquisa da maranhense Isabelle Viegas, desenvolvida no Centro de Tecnologia Offshore da Dinamarca (DTU Offshore), é destaque no campo da sustentabilidade e inovação tecnológica na indústria de petróleo e gás natural.

O objetivo é desenvolver sensores analíticos avançados para monitorar em tempo real o teor de petróleo e outros contaminantes na água produzida em plataformas de petróleo e gás.

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A pesquisadora obteve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) ao longo de sua trajetória científica, e com este novo estudo vislumbra melhorar a forma como a indústria de petróleo e gás lida com a contaminação da água. A proposta é tornar esse processo mais sustentável, criterioso e ágil.

explica a pesquisadora.

“O objetivo principal do estudo é a criação de um protótipo de sensor à base de fluorescência capaz de quantificar, em tempo real, o teor de petróleo bruto e outros contaminantes dele derivados, a exemplo dos compostos chamados BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno). Estes são extremamente tóxicos para a saúde humana e representam sérios riscos ambientais, especialmente em áreas próximas às plataformas de exploração de petróleo”,

Doutora em Química e pesquisadora efetiva do DTU Offshore, Isabelle Viegas iniciou sua trajetória acadêmica na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e, desde 2021, trabalha no desenvolvimento do protótipo de sensor. Ao longo do estudo, ela observou que a água produzida durante a extração offshore de petróleo pode conter níveis muito elevados do próprio petróleo e de outros contaminantes.

“É um impacto direto nos ecossistemas e nas comunidades que dependem dessas águas, portanto, um monitoramento contínuo e em tempo real desses contaminantes é o viés para entendermos o processo e reduzir as consequências ambientais”, alerta.

A pesquisadora exemplifica que, quando ocorre um vazamento ou derramamento acidental, a qualidade dos corpos de água é afetada diretamente. A capacidade de detectar esses contaminantes em tempo real contribui para proteger o meio ambiente e quem vive nas proximidades.

Ela destaca ainda o viés inovador do protótipo como um grande avanço, pois detectar os compostos ‘BTEX’ é extremamente desafiador. “Até hoje, esses compostos não possuem regulamentação específica para monitoramento em tempo real”, informa Isabelle Viegas.

O desenvolvimento do sensor também abre novas possibilidades para outras indústrias, como as do setor alimentício e farmacêutico, que geram resíduos líquidos contendo substâncias potencialmente perigosas à saúde pública.

Tags: Dinamarca, pesquisa, petroleo