A Universal Hydrogen anunciou que completou um voo de teste de 15 minutos em um avião modelo Dash-8 de 40 lugares, usando um motor de hidrogênio como célula de combustível.
A empresa considerou o voo de ‘histórico’ e disse que está “comprometida em ser a primeira companhia aérea de emissão zero da América do Norte”. O voo de teste foi aprovado pela agência aviação civil dos Estados Unidos.
O motor elétrico foi construído pela maginiX e a aeronave contém uma célula de combustível da Plug Power — foi a maior usina de produção de energia deste tipo já levada ao céu.
Segundo a empresa, o motor só foi instalado apenas do lado esquerdo da aeronave, enquanto o lado direito foi mantido o motor tradicional por questões de ‘segurança no voo’.
O motor de 30 kg funciona a partir do fornecimento de hidrogênio ‘verde’ livre de emissões, feito por eletrólise de fontes de energia renováveis), conectado por meio de módulos próprios que mantém o gás altamente volátil, em forma líquida, por até 100 horas.
A aeronave foi adaptada para receber o motor, racks de eletrônicos e sensores. Já o motor de turbina foi usado para decolagem, conseguiu alcançar uma altura de 3.500 pés.
O piloto-chefe da empresa Alex Kroll relatou que o ‘avião se comportou perfeitamente, e o ruído e as vibrações do trem de força da célula de combustível são significativamente mais baixos do que o do motor de turbina convencional”.
Outros testes em andamento
A empresa britânica-americana ZeroAvia também fez um teste semelhante no início deste ano com um avião bimotor Dornier 288, de 19 lugares.
A francesa Airbus afirmou que está construindo uma célula de combustível que poderia alimentar uma aeronave de 100 assentos a cerca de 1800 km, e a Rolls Royce concluiu os testes de um motor a jato convertido para funcionar direto com combustível de hidrogênio.
O combustível, por ser menos denso que o tradicional, é considerado útil para voos curtos.
Além disso, ainda há algumas barreiras como a pouca infraestrutura voltada para este tipo de combustível, a dificuldade de trabalhar com ele e por ser extremamente explosivo.
A Universal Hydrogen espera ter a autorização definitiva para voos com passageiros até 2025.
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