Com a internet em 91,5% dos domicílios em 2022, o número de lares brasileiros com televisão que tinham assinatura paga de streaming de vídeo foi de 43,4% (31,1 milhões). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) Tecnologia da Informação e Comunicação, divulgada nesta quinta-feira (9), pelo IBGE.
Realizado todos os anos, o levantamento traz pela primeira vez informações sobre esse tipo de serviço. De acordo com os dados, entre os domicílios com streaming, 95,3% também acessavam canais de televisão, sendo 93,1% na TV aberta e 41,5% com TV por assinatura.
Apenas 4,7% dos domicílios com o serviço não tinham TV aberta ou por assinatura. Já o número de domicílios com internet que não tinha acesso a serviço pago de streaming foi de 56,6%.
O rendimento médio mensal real per capita nos domicílios que tinham acesso a serviço pago de streaming de vídeo foi de R$ 2.454,representando mais que o dobro daqueles que não possuíam acesso a esse serviço, R$ 1.140. Para os domicílios com acesso a streaming pago de vídeo, bem como a canais fechados de televisão, o rendimento médio foi de R$ 3.228.
As regiões com maior percentual de acesso a serviço pago de streaming de vídeo foram: Sul (50,3%), Centro-Oeste (50,3%) e Sudeste (48,1%). Por outro lado, a Regiões Norte (37,6%) e Nordeste (30,9%) apresentaram os percentuais mais baixos.
“Isso mostra que o streaming ainda está longe de substituir as modalidades mais tradicionais de TV”, avalia Leonardo Quesada, analista da pesquisa.
Uso de TV por assinatura diminui em áreas urbanas
Ainda assim, a pesquisa revela que o uso de TV por assinatura diminuiu em áreas urbanas, mas cresceu em áreas rurais.
Segundo o IBGE, a proporção de domicílios com TV por assinatura em áreas urbanas recuou de 37,2% em 2016 para 28,8% em 2022. Já em área rural, essa proporção cresceu de 11,9% em 2016 para 19,8% em 2022.
A Região Sudeste (34,3%) tem o maior percentual de domicílios com TV por assinatura e a Nordeste, o menor (17,1%). O rendimento médio mensal real per capita nos domicílios que tinham televisão com acesso a serviço de televisão por assinatura (R$ 2.693) suplantou o daqueles com televisão sem esse tipo de serviço (R$ 1.360).
Entre os domicílios sem TV por assinatura, 35,3% não adquiriam esse serviço por considerá-lo caro e 53,7% não tinham interesse. Cerca de 9,2% não tinham o serviço de TV por assinatura porque acessavam vídeos (inclusive de programas, filmes ou séries) pela internet, enquanto 1,1% não dispunham do serviço na localidade em que residiam.
Fonte: SBT News
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