Taxação nas importações de produtos brasileiros fazem empresas americanas fecharem as portas para o comércio.
Taxação nas importações de produtos brasileiros fazem empresas americanas fecharem as portas para o comércio.
O tarifaço determinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou em vigor nesta quarta-feira (6). A medida, que estipula taxas de 50% do valor na compra de produtos brasileiros para o país norte-americano, gera preocupação em diferentes setores da economia maranhense.
O economista Geraldo Carvalho explica que a elevação nas tarifas afasta os compradores do exterior. “Isso pode tornar muitas coisas viáveis de ser exportadas, porque o cliente de lá que compra o produto brasileiro vai preferir manter o pagamento do valor de mercado”, avalia Geraldo.
No Maranhão, o receio maior está relacionado ao setor do agronegócio, importante vetor no giro da economia principalmente no eixo centro-sul do estado, com destaque para a produção de grãos. Em entrevista ao SBT News, o governador Carlos Brandão revelou preocupação com a possibilidade de prejuízo aos empregos no estado.
“É um momento apreensivo porque isso inviabiliza muitas indústrias e pode trazer demissões em massa”, conta Brandão. O governador também demonstrou confiança na condução das negociações por parte de Geraldo Alckmin, Vice-Presidente da República e ministro do Desenvolvimento, da Indústria, Comércio e Serviços. “Pela sua sabedoria, experiência política e respeito que a classe empresarial tem para com ele, acredito que seja uma pessoa muito equilibrada para conduzir esse processo”, concluiu.
Na indústria, alguns materiais importantes que saem do Maranhão não entraram no pacote do tarifaço, a exemplo da celulose e alumina. Com isso, a expectativa é de que, ao menos no primeiro momento, as atividades sigam normalmente.
O presidente do Centro das Indústrias do Estado do Maranhão (CIEMA), Cláudio Azevedo, explica que empresários maranhenses estão entre os brasileiros que foram aos Estados Unidos para negociar termos mais equilibrados nas relações comerciais dos países. “Se nós sofremos aqui, eles também vão sofrer lá com a falta do produto nosso. É preocupante, mas eu acredito num entendimento”, diz Cláudio.