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“Tarifa real hoje seria R$ 7”, afirma diretor do SET à Difusora News FM

Segundo Paulo Pires, o problema central é o não pagamento do subsídio pela Prefeitura de São Luís

Em entrevista exclusiva à Rádio Difusora News, o diretor executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), Paulo Pires, que explicou os motivos por trás da nova paralisação no sistema de transporte público da capital. Com a Expresso Marina parada e a 1001 Expresso ainda sem operar, cerca de 30 bairros amanheceram sem ônibus.

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Segundo Paulo Pires, o problema central é o não pagamento do subsídio pela Prefeitura de São Luís. Ele afirmou que o subsídio “representa 30% da receita das empresas” e que, sem ele, todo o sistema entra em colapso. O diretor explicou que o passageiro paga R$ 4,20 na tarifa, mas que a empresa só consegue funcionar quando recebe a complementação tarifária. “Hoje, a nossa tarifa é de R$ 5,55. A Prefeitura paga a diferença. Quando ela deixa de pagar, está dizendo que o sistema só vai receber os R$ 4,20 do passageiro. Isso inviabiliza tudo”, declarou.

Pires ressaltou que a situação se arrasta desde o início do ano sem qualquer diálogo técnico por parte do Município. “Desde janeiro, a Prefeitura não apresentou cálculo tarifário, não chamou o sindicato para conversar e não explicou por que deixou de pagar o subsídio”, afirmou. Ele reforçou que as empresas já acumulam dificuldades para cumprir compromissos básicos. “Só de salários, a Prefeitura já deve mais de 24 milhões de reais desde o começo do ano.”

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O diretor alertou que o risco de novas paralisações é real e imediato. “Se não tem subsídio, não tem como a empresa botar ônibus na rua. É impossível operar assim. Outras empresas podem parar a qualquer momento”, disse. Ele explicou que os custos operacionais são altos e crescentes: “Tem combustível, manutenção, pagamento dos funcionários. Sem a complementação da tarifa, tudo entra em colapso. Não existe milagre.”

Sobre a tentativa da Prefeitura de reforçar o transporte com aplicativos e alternativas durante o Enem, Pires ironizou a viabilidade da medida. “Não existe aplicativo capaz de atender 400 mil passageiros por dia. Isso é impossível. Quem conhece transporte público sabe disso”, declarou. Ele também lembrou que já existe uma decisão judicial que determina a manutenção de 80% da frota desde fevereiro, mas que sem subsídio essa exigência se torna impraticável. “Os ônibus não estão parados desde agora. Eles já estavam circulando no limite desde fevereiro porque a liminar não foi cumprida.”

Questionado sobre a postura do Município, Pires disse que não há qualquer explicação oficial. “A Prefeitura não fala, não apresenta dados, não diz por que não paga. A Secretaria de Transportes não senta para discutir tecnicamente o problema. O que existe é silêncio”, afirmou.

Paulo Pires relatou que o SET já acionou a Justiça e órgãos de fiscalização. “Estamos pedindo que a Prefeitura apresente o cálculo da tarifa. Isso é básico. Outras cidades fazem, aqui não. E quem paga o preço é a população”, declarou. Ele afirmou ainda que existe um “risco concreto” de agravamento da crise nos próximos dias.

Ao final da entrevista, o diretor reforçou que a intenção das empresas não é paralisar, mas que o funcionamento sem subsídio é impossível. “A população está sofrendo, os trabalhadores estão sem salário, e o sistema está prestes a parar de vez. Não é uma escolha das empresas. É uma falta de condições básicas para operar”, concluiu.

A SMTT informou questões trabalhistas são de responsabilidade das empresas e do Sindicato dos Rodoviários e que aguarda entendimento entre as partes para garantir o serviço à população. O Tribunal Regional do Trabalho lembrou que segue válida a liminar que determina a manutenção de 80% da frota.

Por meio de nota, SET disse informou que vai aguardar a regularização dos pagamentos por parte da Prefeitura de São Luís, conforme anunciado em redes sociais pelo prefeito de São Luís, Eduardo Braide.

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