Parlamentar é acusada de ser a autora intelectual da invasão
Parlamentar é acusada de ser a autora intelectual da invasão
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (9), para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão. A parlamentar é acusada de ser a autora intelectual da invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em 2023.
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Até o momento, votaram pela condenação os ministros Alexandre de Moraes (relator do caso), Flávio Dino e Cristiano Zanin. Faltam os votos de Luiz Fux e Cármen Lúcia. Além da pena de prisão, os ministros também aprovaram a perda do mandato da deputada, que deve ocorrer após o fim de todos os recursos possíveis.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Carla Zambelli planejou a invasão com o objetivo de emitir um mandado de prisão falso contra o próprio ministro Alexandre de Moraes. A execução do ataque foi feita pelo hacker Walter Delgatti, que confessou o crime.
O STF também condenou Delgatti a 8 anos e 3 meses de prisão e ao pagamento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos. O valor será dividido entre ele e a deputada.
Em nota à imprensa, a defesa de Carla Zambelli criticou a decisão e afirmou que o julgamento virtual é injusto. Os advogados disseram que não existem provas irrefutáveis contra a parlamentar e que esperam que algum ministro peça vista do processo.
“É absolutamente injusto que a deputada tenha sido julgada e condenada sem provas irrefutáveis, ainda mais por fatos que desconhecia, como, por exemplo, os alvarás falsos que o mitômano Walter [Delgatti] fez para seu primo e terceiras pessoas”, diz a nota da defesa.