Após pesquisas na região, foi identificado conchas, ossos e outros vestígios acumulados por populações antigas.
Após pesquisas na região, foi identificado conchas, ossos e outros vestígios acumulados por populações antigas.
Um novo sítio arqueológico maranhense foi descoberto na quarta-feira (1°) em uma comunidade quilombola Boa Vista no município de Bequimão, interior do estado. A descoberta foi feita pelo arqueólogo Cleberson Carlos que identificou conchas, ossos e outros vestígios acumulados por populações antigas da região.
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A divulgação foi feita pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que oficialmente cadastrou o local, batizado de Sambaqui da Boa Vista. Durante as fiscalizações, foram encontrados materiais líticos (artefatos de pedra), fragmentos cerâmicos e uma grande quantidade de objetos arqueológicos que comprovam a ocupação humana ancestral no território.
O quilombo onde a descoberta foi feita pertence as terras da família de Raul Rodrigues Souza, que se dedica a proteger o sítio. Segundo Cleberson Carlos, da Superintendência Iphan no Maranhão, a descoberta fortalece tanto a identidade cultural da comunidade e os estudos arqueológicos.
“Esse achado é um ganho para a história da região, pois reafirma a importância da ocupação humana no território e valoriza o patrimônio cultural de uma comunidade quilombola que sempre preservou seu espaço. Além disso, trata-se de um dos sítios mais bem preservados que já tive a oportunidade de identificar”, afirmou o arqueólogo.
Com a nova catalogação, a cidade de Bequimão integra de forma mais expressiva no mapa arqueológico do Maranhão, ampliando o conhecimento sobre a presença e a resistência de populações tradicionais no estado.
Os Sambaqui, palavra originada da língua Tupi, são elevações artificiais formadas pelo acúmulo de conchas e sedimentos construídos por povos nativos de diferentes regiões do Brasil. As elevações possuem formas e dimensões variadas, contendo restos de peixes, ossos humanos, plantas, artefatos e resto de combustão.
Os Sambaquis foram utilizados para marcação territorial, moradias e locais de sepultamentos e cerimônias.
