Entre 2012 e 2023, o rendimento salarial da população negra no Maranhão aumentou 24,5%, embora ainda permaneçam recebendo, em média, 44,6% a menos que os não negros. É o que revela o Boletim Social sobre o perfil da população negra, divulgado nesta sexta-feira (21), pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc).
De acordo com o boletim, no Maranhão, a população negra representa 79% (5,4 milhões) da população, sendo Serrano do Maranhão a cidade com a maior proporção (97,2%) e São Luís com o maior contingente (761,1 mil).
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O estudo mostra ainda que no mercado de trabalho maranhense, 91,7% dos negros estavam empregados em 2023, com crescimento da presença em setores que demandam maior qualificação profissional.
No âmbito das vulnerabilidades e da assistência social, o rendimento médio domiciliar per capita dos negros maranhenses cresceu 34% entre 2012 e 2023. Esse aumento, segundo o Imesc, contribuiu para a redução do percentual dessa população em situação de pobreza, com queda de 12,0 pontos percentuais, e de extrema pobreza, que teve retração de 8,4 pontos percentuais. Apesar disso, pretos e pardos continuam a representar a maioria dos beneficiários do Bolsa Família, correspondendo a 89,4% do total.
Boletim Social
O Boletim Social do Maranhão tem por objetivo fornecer indicadores atualizados sobre temas da realidade social do Maranhão, com a finalidade de subsidiar a elaboração, o monitoramento e a avaliação das políticas públicas do estado.
Os boletins são temáticos e cada edição disponibiliza informações acerca do cenário maranhense, com recortes municipais e regionais, contextualizando-as com o país e os demais estados.