Ministério Público do Maranhão investiga um esquema de corrupção
Ministério Público do Maranhão investiga um esquema de corrupção
O presidente da Câmara Municipal, vereador José Luís Araújo Diniz, conhecido como “Pelego” (União Brasil), assumiu interinamente o comando da Prefeitura após decisão judicial que afastou o prefeito Paulo Curió e a vice-prefeita Tânya Mendes.
A situação chama atenção porque o parlamentar cumpre prisão domiciliar, faz uso de tornozeleira eletrônica e é investigado na Operação Tântalo II, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Apesar de estar autorizado judicialmente a exercer o mandato de vereador, não há, segundo o Ministério Público, permissão para o exercício de funções no Poder Executivo.
A vacância temporária do cargo de prefeito foi oficializada por meio de portaria municipal. Com isso, a vice-presidente da Câmara, Inailce Nogueira Lopes, que também cumpre prisão domiciliar e utiliza monitoramento eletrônico, passou a responder interinamente pela presidência do Legislativo municipal.
O Ministério Público do Maranhão investiga um esquema de corrupção que teria causado prejuízo superior a R$ 56 milhões aos cofres públicos entre os anos de 2021 e 2025. A apuração aponta desvios de recursos em contratos e licitações no município.
De acordo com o Gaeco, a situação institucional se agrava pelo fato de não existir autorização judicial expressa para que o atual presidente da Câmara exerça funções no Executivo, o que amplia o impasse administrativo vivido pela cidade.
Consta ainda nos registros da Justiça Eleitoral que José Luís Araújo Diniz declarou não possuir escolaridade formal, informando apenas saber ler e escrever.
A investigação resultou na prisão do prefeito afastado, da primeira-dama, da vice-prefeita, de um ex-prefeito, de uma ex-vice-prefeita, de um contador e dos 11 vereadores do município, evidenciando a dimensão do caso e seus impactos na gestão pública de Turilândia.