A deputada Carla Zambelli (PL-SP) se pronunciou depois da operação da PF que apreendeu passaporte, armas e objetos dela e saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em coletiva de imprensa na Câmara dos Deputados, ela narrou uma conversa que o hacker Walter Delgatti, preso nesta quarta-feira (02) pela Polícia Federal, teve com Bolsonaro.
A deputada disse que o hacker pediu para conhecer o presidente, e quando ela disse que Delgatti “se dizia um esperto” em tecnologia, Bolsonaro quis perguntar para ele sobre urnas. “A pergunta que o presidente fez foi se as urnas eram confiáveis. E a resposta é que nenhum sistema eletrônico é confiável”. Para Zambelli não há “nada que tenha sido feito a pedido do presidente em qualquer coisa”.
Zambelli confirmou que teve três encontros com o “hacker” e afirmou que os pagamentos feitos a ele não teriam relação com urnas eletrônicas. A deputada afirma que teria “subcontratado” Delgatti apenas para gerenciar seu site e suas redes sociais, mas que ele não cumpriu o combinado.
“Como eu poderia ter pedido uma fraude nas eleições no mês de novembro depois de ela ter acontecido? Os fatos não batem. O que eu tinha subcontratado através dele (Delgatti) foi a ligação das redes sociais minhas através do meu site. Ele não conseguiu fazer. Teve a tentativa de trabalhar com ele (Delgatti), mas não deu certo”, afirmou Carla Zambelli.
Walter Delgatti Neto ficou conhecido por ter dado origem à chamada “Vaza Jato”. A PF afirma que Delgatti recebeu pelo menos R$ 13,5 mil de assessores da parlamentar.
A decisão que autorizou a operação da PF foi do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele mandou PF apreender passaporte, armas e objetos acima de R$ 10 mil de Zambelli.
Fonte: SBT News
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