A Coligação Brasil da Esperança, formada pelos partidos PT, PV e PCdoB, apresentou uma ação pedindo que o ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre um relatório comprovando a segurança nas urnas eletrônicas. Segundo a sigla, o documento, produzido pela Controladoria-Geral Da União (CGU), teria sido engavetado pelo ex-mandatário.
“A par de tal informação, é de suma importância que se obtenha acesso à íntegra do respectivo documento, de modo a identificar se o investigado Jair Messias Bolsonaro teve acesso ao mencionado relatório técnico desde 01/12/2022 e, mesmo assim, com o objetivo de vilipendiar a normalidade das eleições, optou por continuar empreendendo o discurso de fraude nas urnas”, disse a Coligação Brasil da Esperança.
Durante as eleições de 2022, o ex-presidente fez diversos ataques ao sistema eletrônico de votação, dizendo que as urnas não eram totalmente confiáveis. Às vésperas do segundo turno, em que disputou com o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, Bolsonaro disse que seria “impsosível” as Forças Armadas darem “um selo de credibilidade” às urnas, uma vez que os equipamentos apresentavam vulnerabilidade.
Com o pedido de investigação, a Coligação pretende questionar o ex-presidente do porquê não tornou público o relatório, “tendo em vista a forte e assídua narrativa empregada sobre suposta fraude nas urnas”.
No mesmo documento, as siglas pedem ainda que o TSE investigue o teor da discussão de Bolsonaro e do senador Marcos do Val (Podemos-ES). No início do mês, o parlamentar afirmou ter sofrido pressão do ex-presidente e do ex-deputado federal Daniel Silveira para defender um golpe de Estado. Segundo relato, os políticos teriam pedido para que ele gravasse uma conversa com Moraes para tentar anular o resultado das eleições.
“As revelações do Senador Marcos do Val reforçam a evidência dos abusos do investigado Jair Messias Bolsonaro, no sentido de que o investigado empregou atos para perturbar a normalidade das eleições, de uma perspectiva de “guerra de narrativas”, a convencer a população brasileira de que o sistema eleitoral seria fraudado”, afirmam as siglas.
Fonte: SBT News
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