Presos na Venezuela: Presidente cobra publicamente Embaixada do Brasil

Um grupo com 16 maranhenses segue detido na Venezuela e impedidos de voltarem ao Brasil. A situação dos maranhenses já dura oito meses e segue sem perspectiva de mudança.

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Nesta quinta-feira (7), o deputado estadual e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e das Minorias, Ricardo Arruda (MDB), cobrou publicamente a embaixada brasileira.

“Entendemos que seria necessária uma atuação mais assertiva, com a interferência direta da Embaixada do Brasil na Venezuela neste caso, e colocar a força institucional da diplomacia brasileira para atuar. Não basta encaminhar um ofício, não basta encaminhar um expediente à autoridade venezuelana. Acho necessário e indispensável que a diplomacia brasileira passe a agir”, disse o parlamentar.

A cobrança de Ricardo Arruda veio a partir de um discurso solene na Assembleia Legislativa do Maranhão. O deputado destacou ainda que o processo judical, que analisa o pedido dos maranhenses para voltar ao Brasil, foi reiniciado após troca de juiz, tornando a situação ainda mais crítica.

O parlamentar mostrou preocupação com a saúde dos maranhenses. “Já se vai para praticamente meio ano que eles negam o direito ao devido processo legal aos maranhenses presos naquele país”, concluiu.

O Portal Difusora News apurou que um dos maranhenses está com tuberculose. Mesmo doente, a Justiça venezuelana negou o pedido de transferência para uma prisão domiciliar.

Após a reunião da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia Legislativa do Maranhão, os parlamentares decidiram encaminhar expediente ao Judiciário da Venezuela, solicitando celeridade na instrução processual.

Entenda

Dezesseis maranhenses estão detidos no presídio de Caracas, na Venezuela, sob denúncias de atividades ilegais em área de garimpo no país.

Segundo a família das vítimas, o grupo de 16 trabalhadores saiu do Maranhão e Roraima para trabalhar em um garimpo no Rio Yuruari, no município Dorado de Sifontes, no Estado Bolívar.

As autoridades venezuelanas prenderam o grupo em Bolívas e, desde então, as 16 pessoas seguem detidas. As famílias dos trabalhadores reclamam da forma como o grupo está sendo tratado, inclusive denunciando casos de maus-tratos.

O grupo gravou um vídeo e pediu ajuda para o governo brasileiro. Veja o vídeo:

Tags: Brasil, Maranhão, São Luís, venezuela