O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou brevemente, em coletiva de imprensa na Índia, nesta segunda-feira (11), o acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O petista declarou que não pode “dar palpite sobre o que não conheço”. “Não sei o que está lá. Só sabem o delegado que ouviu e o coronel que prestou depoimento. O resto é especulação”, falou. Mesmo assim, Lula disse acreditar que Bolsonaro “está altamente comprometido”.
“A cada dia vão aparecer mais coisas. A cada dia vamos ter certeza de que havia perspectiva de golpe e que o ex-presidente estava envolvido nela até os dentes. É isso que vai ficar claro. O tempo vai se encarregar. A única chance que ele tinha de não participar disso era quando tava preocupado em vender as joias”, continuou.
Lula ainda disse que Bolsonaro “é o responsável por parte das coisas ruins que aconteceram no nosso país”.
Colaboração premiada
Preso durante 139 dias por suspeita de fraude em cartões de vacinação de parentes dele e de familiares de Bolsonaro, Cid foi solto neste sábado (09), após Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), homologar acordo de colaboração premiada.
A decisão de Moraes impôs várias medidas cautelares a Cid, como uso de tornozeleira eletrônica, suspensão do porte de arma de fogo, restrições para não sair de casa durante à noite e fins de semana e cancelamento de passaportes, além do afastamento das funções no Exército.
Cid deixou o Batalhão da Polícia Militar, em Brasília (DF), por volta das 14h37 de sábado, ao lado do advogado Cezar Bitencourt. Às 16h, Cid chegou em casa, na Vila Militar, após instalação de tornozeleira e realização de exame de corpo de delito.
Fonte: SBT News
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