Lula ainda não bateu o martelo sobre mudança em ministérios, dizem interlocutores

Apesar da expectativa crescente de mudanças no time de ministros, o martelo ainda não foi batido pelo Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma reunião nesta 4ª feira (30.ago) para debater o assunto com os palacianos Rui Costa e Alexandre Padilha e o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, do PT do Piauí.

A pasta comandada por Dias é alvo de disputas e pode ser desmembrada em duas para dar uma origem a um novo ministério para abrigar partidos do centrão. O Partido dos Trabalhadores, no entanto, não está aberto a ceder o controle do Bolsa Família, que permaneceria sob a tutela do partido.

A assessoria de Wellington Dias informou que a reunião de hoje, no Palácio do Planalto, foi para tratar dos últimos detalhes sobre o lançamento do Plano “Brasil Sem Fome”, em Teresina, nesta 5ª feira (31.ago), em uma agenda com a presença de Lula. Será “a estratégia macro do governo no erradicar a fome e pobreza no Brasil”, diz a nota enviada à imprensa. A agenda é vista como um aceno ao ministro, que chegou a ser defendido publicamente pela primeira-dama, Janja.

Segundo interlocutores do Planalto, as tratativas de reforma ministerial estão avançadas e o presidente da República estuda diferentes possibilidades para remanejar ministros, dividir ministérios e atender às demandas de deputados. A fase ainda é de consulta ao Congresso e a expectativa de uma resolução se amplia diante de novas viagens programadas pelo Planalto para Lula, em território nacional e para a Índia, na cúpula do G-20. O petista também já confirmou que irá criar um ministério para a pequena e média empresa.

A reforma ministerial, quando sair, deve confirmar as posições assumidas no governo pelos deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), cotados para a chefia de pastas. Ela também pode ser estendida ao comando da Caixa Econômica, para o qual está cotada a ex-deputada federal Margareth Coelho (PP-PI). Ao que tudo indica, o presidente pode fazer uma “dança das cadeiras” e trocar ministros atuais.

Fonte: SBT News

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