A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas já recebeu 449 requerimentos após pouco mais de 48 horas de ser instalada. A CPMI vai investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando foram invadidos e depredados os edifícios-sede dos três Poderes: Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.
Na quinta-feira (25), a comissão foi instalada no Congresso. Na reunião, foi eleito para a presidência da CPMI o deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA). O vice-presidente é o senador Cid Gomes (PDT-CE). O cargo de segundo vice foi instituído por acordo, por não estar previsto no Regimento Comum do Congresso, e será ocupado pelo senador Magno Malta (PL-ES). O presidente indicou como relatora da comissão a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Até às 13 horas deste sábado (27), a CPMI dos Atos Golpistas recebeu 449 requerimentos. Dentre os pedidos estão a quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático – que reúne todos os dados contidos em dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores. É por meio da quebra do sigilo telemático que os parlamentares poderão, por exemplo, acessar as mensagens trocadas por meio dos aplicativos como WhatsApp e Telegram.
Pedidos de quebras de sigilo em destaque:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
- Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
- Ailton Barros, ex-militar próximo a Mauro Cid
- Gonçalves Dias, general que comandou o GSI de Lula
- George Washington Sousa, um dos envolvidos na tentativa de explodir um caminhão de combustível em Brasília
- Wellington Macedo de Souza, também envolvido na tentativa de explodir o caminhão
- Alan Diego dos Santos Rodrigues, também envolvido no caso dos explosivos
Além dos pedidos de quebras de sigilos, há centenas de pedidos de depoimentos, como do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; do Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-Comandante da Polícia Militar do DF; do General Augusto Heleno, Ex-Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, entre outros nomes.
Outros depoentes serão convidados a prestar esclarecimentos. Nesses casos, os convites não têm força coercitiva e seu cumprimento não é obrigatório. O convite também não obriga que o depoimento seja dado em condição de testemunha, quando a pessoa tem que se comprometer a falar a verdade, conforme prevê o regimento.
Os requerimentos ainda precisam ser aprovados pelo plenário da comissão. A próxima reunião da CPMI dos Atos Golpistas está marcada para quinta-feira, dia 1º de junho.
Fonte: SBT News
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