O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista ao Estadão, na tarde desta sexta-feira (18), que seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid tinha “autonomia” e que “o tempo deve clarear” o que ocorreu.
A declaração ocorre um dia depois da publicação da reportagem da revista Veja, na qual o advogado do militar afirmou que Cid agiu a mando do ex-presidente no caso da venda de joias investigado pela Polícia Federal.
Bolsonaro também disse que a legislação sobre o assunto é “confusa” e que outros presidentes da República tiveram o mesmo “poblema”.
O ex-presidente citou portaria publicada em 2018 pela Secretaria-Geral da Presidência, ainda no governo Michel Temer. O texto define condecorações, vestuários, artigos de toalete, roupas de casa, perecíveis, artigos de escritório, joias, semijoias e bijuteria como itens personalíssimos e estabelece que tais presentes não precisam ser incorporados ao acervo patrimonial da Presidência, ou seja, poderiam ser incorporados ao acervo privado.
A portaria, no entanto, foi revogada em 2021, durante o governo de Bolsonaro. Com a mudança, o texto perdeu o efeito. A decisão foi citada por Bolsonaro na entrevista: “Foi o meu governo que revogou a portaria. Se eu tivesse intenção outras, não teria revogado”, disse.
Sobre a quebra dos sigilos bancários – dele e de Michelle Bolsonaro -, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes na quinta-feira (17), o ex-presidente disse que espera “clarear o mais rápido possível” o caso das joias.
Fonte: SBT News
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