Suspeito de sequestrar Vitor Santos é preso sete dias após ser solto pela Justiça

Na manhã desta quarta-feira (9), a Polícia Militar prendeu novamente Davi Figueiredo Amaral, de 19 anos, suspeito de envolvimento no sequestro que terminou com a morte de Vitor Santos.

O juiz Raul José Duarte Goulart Júnior, da Vara Especial dos Crimes Organizados, determinou no dia 2 de outubro a soltura de Davi, que passou a usar tornozeleira eletrônica. Porém, nessa terça-feira (8), a Justiça expediu um novo mandado de prisão preventiva contra o suspeito.

O delegado Marconi Matos, do Departamento de Pessoas Desaparecidas da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa, afirma que Davi Figueiredo ainda mantém a versão de que apenas participou do sequestro da vítima.

“Nós o ouvimos novamente. As investigações avançaram bastante. Então nós temos 10 dias para terminar esse inquérito policial”.

Ademais, a polícia acredita que quatro a cinco pessoas participaram do crime, e já identificou algumas delas.

“No momento, vamos pedir a prisão temporária de todos eles e assim que expedirmos os mandados, iremos dar cumprimento”.

O crime

A polícia encontrou o corpo de Vitor Santos em uma área de matagal localizado na Reserva do Batatã, no Parque Estadual do Bacanga. Ele estava amarrado, amordaçado, bem como com diversas lesões pelo corpo.

O delegado Marconi Matos aponta que Vitor Santos não possuía envolvimento com o crime.

“A vítima não tinha nenhum envolvimento (com o crime), estava trabalhando, e foi morta de maneira cruel. Foi submetida a este tribunal do crime e teve sua vida ceifada. Nós agora estamos investigando para saber quem realmente participou da execução do rapaz”.

Outra vítima do “tribunal do crime”

Quinze integrantes do “tribunal do crime” mataram a pedradas e facadas um adolescente, de 17 anos, na madrugada desta terça-feira (8). O crime aconteceu no bairro Parque Araçagi, em São José de Ribamar.

O delegado Walter Wanderley afirma que o adolescente não tinha passagens pela polícia e que ele foi morto após ter insinuado algo contra os criminosos. Ademais, a família afirma que o adolescente possuía problemas psicológicos e era usuário de drogas.

“Ele saiu da casa dele, encostou em um comércio e começou a falar bobagem. Ele estava com problemas psicológicos”.

O jovem trabalhava na oficina de carros com o pai em Parauapebas (PA), e estava no Maranhão desde julho, passando férias com a mãe.

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