Mais de 200 homens foram presos por violência doméstica, sexual e contra a vida

Duzentas e dezenove pessoas acabaram presas pela Polícia Civil, suspeitas de violência doméstica e familiar contra a mulher ou feminicídio no Maranhão.

Os dados são do relatório da “Operação Shamar”, coordenada pela Secretaria da Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e realizada durante um mês.

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A ação ocorreu durante a campanha de conscientização e combate à violência contra a mulher. A equipe divulgou os resultados em entrevista coletiva, realizada nesta terça-feira (03).

Conforme divulgado, a operação contou com ações educativas, preventivas, ostensivas e repressivas realizadas durante todo o mês de agosto nos 217 municípios maranhenses.

Assim sendo, a polícia efetuou as prisões em flagrante e cumpriu os mandados de prisão em aberto.

A polícia registrou sete feminicídios durante o período. Nenhuma das vítimas havia denunciado os agressores.

Polícia

O secretário da Segurança Pública, Maurício Ribeiro Martins, atribuiu o resultado ao empenho diário das forças de segurança para garantir tranquilidade às mulheres maranhenses.

“Os dados foram positivos e superiores aos do ano passado. Isso se conseguiu através de fortes investimentos pelo Governo do Estado, pelo compromisso dos nossos policiais, das nossas instituição que são proativas e procuram sempre fazer o melhor pelo nosso estado, onde não toleramos qualquer tipo de violência contra a mulher”.

O delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida Neto, disse que a “Operação Shamar” levou à conclusão de 458 inquéritos policiais com autoria.

“Além deles, também instauramos outros 531 inquéritos. Todos os casos serão devidamente apurados para que se possa indiciar os responsáveis, se necessário. Em outras palavras, vamos garantir a segurança que as vítimas esperam no momento em que decidem romper o ciclo de violência e, certamente, denunciar seus agressores.”, frisou.

A coordenadora das Delegacias da Mulher no Maranhão, delegada Kazumi Tanaka, disse que a operação contemplou outros crimes pra ticados contra mulheres.

“Nós conseguimos cumprir mandados de prisão de vários crimes praticados contra a mulher, no que se refere a descumprimento de medidas protetivas, estupros de vulnerável contra meninas e o próprio feminicídio. No interior do estado, fizemos várias ações para estimular a população a participar e chamar para si a responsabilidade sobre essa causa”, acrescentou.

Cerca de 3.500 mulheres acabaram sendo acompanhadas sob Medida Protetiva de Urgência (MPU) ao longo do período, conforme aponta relatório.

A Patrulha Maria da Penha e os batalhões de área realizaram o acompanhamento das vítimas.

Na região da Grande Ilha, panfletagens, campanhas digitais, bem como palestras foram realizadas.

“Durante o período, chamamos homens e mulheres para conscientizar para o fim da violência contra a mulher. É importante destacar que o combate à violência contra a mulher é uma luta diária, deste modo, não iremos parar”, afirmou Camila Bispo, coordenadora da Patrulha Maria da Penha na região.

Tags: feminicídio, Polícia Civil, prisão