O policial militar Paulo Maiks Mendes Facuri, de 38 anos, se apresentou com um advogado na Superintendência Humana de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) na última segunda-feira (6), em São Luís.
Ele é o principal suspeito de atirar em Enildo Penha Mota, de 41 anos, na noite deste sábado (4), na saída de um show do cantor Wesley Safadão em um shopping da capital.
Segundo informações, Paulo Maiks prestou depoimento à Polícia Civil e foi liberado em seguida por já não estar em situação de flagrante. A esposa de Enildo Penha também prestou depoimento à SHPP. Ela testemunhou o crime e chegou a ser agredida por Paulo Maiks após o marido ser assassinado.
Enildo Penha foi morto com um único tiro no peito após uma discussão com o suspeito. A confusão foi registrada em vídeos que circularam nas redes sociais e em grupos de mensagem. Nas imagens, o tiro efetuado assusta as testemunhas do crime.
Em pronunciamento à imprensa, o delegado George Marques informou que suspeito relatou, em depoimento, não ter tido a intenção de matar Enildo Penha.
“Praticamente, ele fala tudo que aconteceu e que se percebe nos vídeos nas redes sociais. Diz que um carro o fechou, que seria o da vítima. Diz que não teve entendimento do porquê o carro o fechou e não teria notado a colisão, supostamente no retrovisor. Aí, quando o ‘cara’ fechou, desceu do carro
gesticulando, ele também desceu e houve um bate-boca”, explicou Marques.
Ainda de acordo com o delegado, o policial relatou ter retornado para dentro de seu carro, quando viu a vítima se aproximando com um objeto. Nesse instante, Paulo Maiks disse não ter distinguido o objeto de imediato.
“Ele diz que pegou a arma dele e disparou. Ele diz que não havia intenção de matar. Mas, infelizmente, acabou matando”, concluiu o delegado George Marques.
De acordo com a Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), Paulo Maiks Mendes já tinha processos administrativos antes do crime, incluindo abuso de autoridade.
Abertura de processo
A PM-MA instaurou um processo administrativo contra o cabo Paulo Maiks Facuri, referente à morte de Enildo Penha Mota. Segundo o Coronel Emerson Bezerra, o processo foi aberto para julgar a permanência do policial na corporação, “tão logo foi tomando conhecimento do caso”.
De acordo com o Coronel, o prazo para análise do processo é de 30 dias, podendo ser prorrogado conforme o que precisar ser esclarecido.
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