Mais de 110 policiais federais e 13 servidores da Controladoria Geral da União em Alagoas estão nas ruas na Operação Hefesto, que mira uma organização criminosa suspeita de fraudar licitação e também de lavagem de dinheiro relacionada ao fornecimento de equipamentos de robótica para 43 municípios alagoanos.

Os processos eram direcionados quase sempre para uma única empresa, com valores superfaturados e em quantidade bem superior às necessidades das escolas da redes pública de ensino dessas cidades. Os prejuízos somam mais de R$ 8 milhões.

Segundo a Controladoria Geral da União, estão sendo apurados possíveis crimes de fraudes em licitações, superfaturamento, desvios milionários de verbas públicas federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com recursos provenientes do FNDE, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, por meio de emendas parlamentares, entre os anos de 2019 e 2022.

Enquanto os equipamentos adquiridos, em sua maioria, permaneciam guardados sem uso, as escolas municipais tinham diversas carências não atendidas como laboratórios de informática.  

Foram expedidos 27 mandados de busca e apreensão pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Alagoas nos estados de Alagoas, Pernambuco, São Paulo e no Distrito Federal; onde estão sendo cumpridos ainda dois mandados de prisão temporária.

Foi determinado ainda o sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados, no valor de R$ 8,1 milhões e a suspensão dos processos licitatórios e contratos feitos entre a empresa fornecedora investigada e os municípios alagoanos que receberam recursos do FNDE para compra de equipamentos de robótica.

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