Após quatro meses de investigação, a polícia de Imperatriz confirmou que o assassinato de Charlany de Sousa de Jesus, 36 anos, foi um caso de feminicídio. A vítima era uma mulher em situação de rua, morta em janeiro deste ano. O suspeito do crime continua foragido.
Charlany foi encontrada com sete golpes de faca na Avenida Beira Rio, durante a madrugada do dia 23 de janeiro de 2024. Inicialmente, a Polícia de Imperatriz não classificou o caso como feminicídio, levantando mais informações sobre o crime. No entanto, após começarem as investigações e análise das evidências, a polícia concluiu que Charlany foi vítima de violência de gênero pelo ex-companheiro.
Com esta confirmação feita pela Delegacia de Homicídios de Imperatriz, sobe para 17 o número de casos de feminicídio registrados no Maranhão em 2024. Segundo o levantamento feito pelo Difusora News, os crimes foram registrados em 15 cidades maranhenses, tendo Imperatriz e São Luís como as cidades que aparecem no ranking com o maior número de mulheres vítimas de feminicídio.
O painel de indicadores estatísticos do Ministério da Justiça e Segurança Pública mostrou que o número deste ano representa um aumento de 21,4%, em relação ao ano passado. Outro parâmetro analisado pela justiça mostra que, entre 2020 e 2024, já foram confirmados 260 casos de feminicídio no Maranhão.
Feminicídio do Difusora NewsDos 17 feminicídios registrados no estado, três aconteceram na Região Metropolitana de São Luís. Um deles foi o de Idelany do Nascimento Pestana, de 29 anos, morta pelo ex-namorado na própria casa, localizada no bairro Alto da Esperança, em São Luís.
O crime foi cometido por Jhonata Santos de Sousa, que não aceitava o fim do relacionamento. O término foi motivado após a jovem descobrir que o ex-namorado assediava sexualmente a irmã mais nova.
Dona Izabel Pinheiro, mãe de Idelany contou ao Difusora News que sofre com a saudade da filha todos os dias e que esta é uma perda para todos os que conviviam com ela.
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