Esposa de indígena morto em Amarante do MA teria envolvimento no crime

A esposa do indígena Valdemar Guajajara, encontrado morto no último dia 28 de janeiro, foi apontada por investigações como suspeita de envolvimento no assassinato.

Segundo informações do delegado-geral Jair Lima – da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) – à imprensa, a equipe que investiga o crime “conseguiu prender um dos suspeitos e também está à procura da esposa da vítima, que segundo a investigação tem algum tipo de participação”.

Um dos dois citados foi preso nessa sexta-feira (03), tendo sido localizado na zona rural de Amarante do Maranhão. Ele, que não teve identidade revelada, foi levado à Delegacia de Polícia Civil do município e encaminhado ao presídio.

Valdemar Guajajara foi encontrado morto em uma área de construção civil no último dia 28 de janeiro em Amarante do Maranhão. A 683 km de São Luís, o município faz fronteira com a terra indígena Arariboia.

Investigações iniciais apontaram que Valdemar sofreu agressão física e teve traumatismo cranioencefálico – a lesão no crânio causada por impacto. Segundo constatações posteriores, Valdemar foi apedrejado até a morte. A vítima morava na aldeia Nova Viana, em Arariboia.

Em apelo feito através do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), moradores da aldeia ressaltaram que assassinatos como o de Valdemar acontecem há anos no território, lembrando o atentado contra dois indígenas na madrugada de 9 de janeiro na aldeia Aldeia Maranuí, entre os municípios de Arame e Grajaú.

Os moradores pediram justiça e providências das autoridades, cobrando maior segurança à população indígena, que sofre ameaças de criminosos nas reservas florestais e em áreas urbanas.

No último dia 31 de janeiro, o Governador do Maranhão, Carlos Brandão, a Secretária de Estado de Direitos Humanos, Amanda Costa, e a Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, estiveram reunidos para tratar das políticas que asseguram direitos humanos aos povos indígenas no Maranhão, com destaque para o combate aos assassinatos de indígenas.

Na ocasião, a Secretária Amanda Costa cobrou apuração rápida dos crimes.

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