Cantora maranhense sofre injúria racial de casal no RJ

;;Em pleno século XXI ainda existem crimes que deveriam ter sido extintos da socieadde, mas infelizmente ainda são frequentes em todo planeta. No Rio de Janeiro, a cantora maranhense Anastácia Lia, denuncia que foi vítima de injúria racial em condomínio da zona sul, na capital carioca

O crime foi denunciado à polícia carioca pela cantora Anastácia Lia e as artistas Roberta Gomes, Negra Vat e Daniela de Jesus, que estão no Rio de Janeiro para se apresentarem no musical “Martinho, Coração de Rei Musical”, em homenagem ao sambista Martinho da Vila.

De acordo com o relato das artistas maranhenses, o caso de injúria racial teria acontecido no último dia 26 de janeiro deste ano, quando um homem e uma mulher teria se incomodado com a presença delas em uma área comum do prédio em que estão residindo, no bairro do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro.

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Ainda segundo os relatos, o casal teria dito que “aquele não era lugar para elas” e que o prédio estava parecendo uma “favela” com a presença das artistas, que são todas negras.

“Na noite do dia 26, logo que a gente chegou em casa, aqui no apartamento que a gente tá residindo durante a temporada, aqui no Flamengo, nós fomos ofendidas. Nós fomos agredidas pelo morador, que ele funcionário, na verdade, é o porteiro chefe. Ele nos ofendeu. A gente estava na área externa, duas de nós fumam cigarro, elas estavam fumando cigarro lá embaixo. Foi no momento em que ele saiu se dizendo incomodado com a fumaça, sendo que nós estávamos na área externa do prédio, local onde várias pessoas, moradores têm o hábito de fumar. Inclusive, a gente questionou para ele que no regimento interno do prédio e também na área externa não tem nada que diga que não pode fumar, que não é uma área que seja permitido fazer o que a gente estava fazendo”, relatou Anastácia Lia.

A polícia foi acionada e o caso foi registrado no 9º Distrito Policial, no bairro Catete, no Rio de Janeiro.“Na porta da casa dele tinha uma mulher, que no caso é a esposa dele. E quando eu fui até lá, ela confirmou e disse que ‘o prédio parecia uma favela sim, senhora’. Então, tendo essas imagens na mão, a gente ligou pra polícia, a gente fez um Boletim de Ocorrência e vamos levar essa história até o final”, afirmou Negravat.

Após a denúncia, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Maranhão (OAB-MA) passou acompanha a situação, por meio da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil, junto a comissão da OAB do Rio de Janeiro, um caso de injúria racial denunciado pela cantora maranhense.

Fonte: Redes Sociais de Anastácia Lia