Cadeirante pede reparação após ter casa invadida por policiais no Coroadinho

Há mais de um mês o cadeirante Ubiratã de Jesus, de 45 anos, morador do Coroadinho teve a sua casa invadida por policiais civis por engano. Desde então ele convive com o portão quebrado e a saúde mental afetada.

Segundo a vítima, já foram feitos 12 boletins de ocorrência, inúmeros inquéritos, inclusive na Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor) e nenhum órgão responsável se manifestou a respeito.

“E eu estou aqui, com a minha casa amarrada de arame. Eu saio, deixo amarrada. Até na hora de dormir, eu não tenho segurança nenhuma. Enquanto isso, ninguém foi responsabilizado”, desabafou o cadeirante.

No dia 29 de novembro de 2023, o cadeirante foi surpreendido com policiais civis invadindo sua residência em cumprimento de um mandado de busca e apreensão no bairro Coroadinho, em São Luís. Ele explicou aos policiais que não tinha envolvimento com o crime organizado, mas, mesmo assim, foi tratado como criminoso.

Após o ocorrido, a Polícia Civil informou que, por meio da Superintendência de Investigações Criminais, abriu investigação interna para apuração de possíveis erros na execução do mandado. Porém, após 37 dias, ninguém foi punido, e Ubiratã segue no prejuízo.

 

Erro policial

Na época, Ubiratã contou que os policiais continuaram com várias armas apontadas para sua cabeça por um bom tempo. Segundo ele, somente depois que pediu pra ver o mandado de busca é que foi constatado o erro policial: o documento estava em nome de outra pessoa.

¨Poderia ser mais um preto morto, inocente dentro da própria casa. Foi Deus quem me salvou, me protegeu dessas armas de fogo atirarem na minha pessoa. Eu deitado na minha cama¨, disse Ubiratã.

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