O modelo Bruno Krupp, que atropelou e matou o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, em julho de 2022, na orla da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, vai a júri popular. A decisão é do juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio.
Krupp será julgado por homicídio com dolo eventual, ou seja, quando se assume o risco de matar. Isso porque ele pilotava a motocicleta a cerca de 150 km/h no momento do acidente, em uma via em que o limite de velocidade é de 60 km/h.
O modelo responde ao processo em liberdade, desde março deste ano, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele deixou a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, com uma tornozeleira eletrônica após ser beneficiado por um habeas-corpus.
O juiz Gustavo Gomes Kalil concedeu a Bruno o direito de recorrer da decisão em liberdade.
O atropelamento
O adolescente João Gabriel Cardim Guimarães atravessava a avenida Lúcio Costa, na orla da praia da Barra da Tijuca, quando foi atingido pela moto. O modelo Bruno Krupp trafegava em altíssima velocidade e a moto não tinha placa.
A vítima perdeu uma das pernas e, após ser socorrido, não resistiu aos graves ferimentos.
Krupp foi arremessado da moto no momento do acidente e foi internado. Assim que recebeu alta, ele foi transferido para o presídio de Bangu 8.
A polícia afirma que, na hora do acidente, o modelo pilotava a moto a cerca de 150 km/h, quando o limite permitido na via é de 60 km/h. Bruno não tem carteira de habilitação. Segundo o Detran, ele passou apenas na prova teórica. O laudo pericial apontou que Krupp não freou no momento do atropelamento.
Três dias antes da tragédia, ele havia sido parado em uma blitz e se negou a fazer o teste do bafômetro, não apresentou a CNH e, segundo a polícia, a moto também estava sem placa. Mesmo assim, não foi apreendida.
Fonte: SBT News
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