Antes restrita apenas à Amazônia, infecções ja foram confirmadas em 18 estados mais o Distrito Federal.
-dezembro 7, 2025
Antes restrita apenas à Amazônia, infecções ja foram confirmadas em 18 estados mais o Distrito Federal.
Até 2023, casos de infecções da febre oropouche era quase restrito ao estados da Região Amazônica, mas este ano a doença percorreu quase 3 mil km, chegando em Espírito Santo, estado recordista de casos da febre, com mais de 6 mil registros. Pesquisadores alertam sobre uma contaminação da doença por todo o país.
A febre oropouche é uma doença causada por um vírus transmitido pelo mosquito Culicoides paraenses, mais conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. A doença causa sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya, como febre, dor na cabeça, músculos e articulações.
Com o avançar da doença, pesquisadores estão buscando entender o que levou o sua expansão de contaminação pelo Brasil, e gestores de saúde ja estão pensando em estratégias para controlar a oropouche, já que a população não tem nenhuma imunidade prévia da doença.
Em 2025, ja foram registrados casos da doença em 18 estados mais o Distrito Federal. Cinco pessoas morreram pela doença, quatro no Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo, e há duas mortes em investigação. O número de mortos já é superior ao do ano passado, tendo apenas duas mortes na Bahia, uma no Espírito Santo e uma em Santa Catarina.
A infecção também pode causar complicações em gestante, incluindo microcefalia, malformações e perda da gravidez. O Ministério da Saúde reforça para que, nesses casos, as gestantes reforcem a proteção contra os mosquitos.
Estudos genéticos feitos pelo Laboratório de Arbovírus e Hemorrágicos do Instituto Oswaldo Cruz, mostram que os casos proliferados no Brasil são de uma nova linhagem do vírus, que surgiu no Amazonas e circulou pela Região Norte e depois se espalhou pelo país.
O Ministério da Saúde reforçou que está monitorando os casos da infecção e está fazendo reuniões e visitas técnicas aos estados para orientar as autoridades nas medidas de notificação dos casos e na investigação para encerrar os casos suspeitos.
“Em parceria com a Fiocruz e a Embrapa, a pasta realiza estudos sobre o uso de inseticidas para o controle do vetor, com resultados preliminares promissores. As evidências apoiam a definição de estratégias de enfrentamento da doença, especialmente durante surtos, e a redução de seu impacto na população. A prevenção inclui o uso de roupas compridas, sapatos fechados, telas de malha fina nas janelas e eliminação de matéria orgânica acumulada”, declarou o Ministério em nota.