Na capital maranhense, Hospital Universitário da UFMA oferece serviços voltados para pessoas acometidas pela doença.
Na capital maranhense, Hospital Universitário da UFMA oferece serviços voltados para pessoas acometidas pela doença.
A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, atrás somente do Alzheimer. Segundo as estimativas a Organização Mundial da Saúde, mais de 8,5 milhões e pessoas são diagnosticadas com a patologia ao redor do mundo. Apesar de variações de acordo com a faixa etária e a região, a DP afeta cerca de 1 a 2% da população acima de 60 anos e até 4% dos idosos com mais de 80 anos.
No último dia 11, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, dedicado a discussões sobre a doença que é progressiva e afeta a qualidade de vida de diferentes formas. Os especialistas classificam os prejuízos do distúrbio em três formas distintas:
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Apesar do número elevado de pessoas que convivem com a patologia, o Parkinson tem causa incerta. De acordo com o neurocirurgião Jairo Ângelos, do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), a hipótese mais consistente está atrelada a uma soma de fatores.
“Em torno de 95% dos casos, ela surge de maneira desconhecida na população. Acredita-se, no entanto, que possa haver uma combinação entre predisposição genética e um fator externo desconhecido, que desencadeia as alterações patológicas. O desenvolvimento dos sintomas baseia-se na diminuição da dopamina, o neurotransmissor responsável pelo controle dos movimentos no corpo”, explica o médico.
Enquanto a ciência não responde ao questionamento da origem da DP de maneira mais conclusiva e não encontra uma cura, a medicina se dedica a tratar dos enfermos para viabilizar a manutenção da melhor qualidade de vida possível. A principal medicação para tratar os sintomas motores está disponível no Brasil desde a década de 1970 e é utilizada junto a outros processos terapêuticos.
Em São Luís, o HU-UFMA conta com um ambulatório especializado em Distúrbios do Movimento na Neurologia, onde são oferecidas consultas médicas, aplicação de toxina botulínica e triagem para possíveis casos cirúrgicos.
Segundo Jairo Ângelos, o hospital já realiza a cirurgia de palidotomia, uma lesão térmica de uma região do cérebro responsável pelo controle dos movimentos anormais de um lado do corpo. Ainda conforme o neurocirurgião, o hospital está em processo de implementação da estimulação cerebral profunda.