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Órfão de vítima de feminicídio em Pedro do Rosário diz: “se mamãe ainda estivesse viva, aqui não tava sujo”, e vídeo viraliza

Sete irmãos tentam seguir em frente após tragédia e contam com apoio de mobilizações populares nas redes sociais.

O feminicídio segue como um dos grandes maeles da sociedade a serem combatidos no Maranhão. Somente em 2025, já foram registrados 37 casos no estado, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP). As marcas da violência atingem não só as mulheres que perdem a vida, mas também os que mais necessitam delas: os filhos.

No povoado de Anta, em Pedro do Rosário, um crime mudou para sempre a vida do pequeno Luís Fernando, de sete anos. A mãe dele, Cirani Lopes Ferreira, foi morta a facadas pelo próprio companheiro, Lourenço dos Santos Pereira, na noite do dia 16 de fevereiro deste ano. O menino presenciou tudo.

(Cirani Lopes Ferreira, morta a golpes de faca pelo próprio companheiro em fevereiro deste ano. Foto: Reprodução)

Moradores da região relataram que Lourenço tinha problemas com álcool e drogas. Depois do feminicídio, ele passou 15 dias escondido no matagal, antes de entrar em confronto com a polícia e acabar morto. Assim, Luís Fernando e outros seis irmãos mais velhos ficaram sem mãe, pai, e com um futuro repleto de dúvidas pela frente.

Quase oito meses depois, a triste história voltou a repercutir, com uma gravação que viralizou nas redes sociais em todo o país. No vídeo, gravado por Hellen, irmã mais velha que passou a comandar a família, o caçula faz um desabafo comovente. “Se mamãe ainda estivesse viva, aqui não tava sujo”, disse o garoto, em meio a lágrimas.

A fala é referente ao estado da casa onde Luís Fernando morava – e onde perdeu a mãe. O crescimento da vegetação e a presença da poeira transformaram o ambiente, o que aumenta o sentimento de desamparo com a ausência materna, que costumava zelar pela organização da residência.

Mobilização do bem

Desde então, a realidade é dura para os órfãos. Com apenas 20 anos, Hellen passou a carregar a responsabilidade de cuidar dos mais novos. Apesar do recebimento do Bolsa Família e do apoio da assistência social do município, a vida não tem sido a mesma desde a impactante morte da mãe.

Diante das dificuldades, a jovem pediu ajuda a Willian Vieira, jornalista independente que cobriu o caso. Atualmente morando em Pinheiro, ele passou a se deslocar pelo Maranhão para contar a história da família e juntar recursos para ajudar os órfãos a seguirem em frente. Com isso, já foram obtidas várias cestas básicas e outras doações.

Uma vaquinha também foi aberta com o objetivo de comprar uma casa nova para que os meninos possam reconstruir as próprias vidas em melhores condições. De acordo com Willian Vieira, a mobilização tem gerado ótimos resultados. “As metas vêm sendo batidas e graças a Deus todos têm ficado comovidos e apoiado essa causa. Esse é o nosso papel, dar voz a quem mais precisa”, disse o jornalista.

Ainda segundo o comunicador, além do Bolsa Família, os jovens têm recebido apoio do município através da assistência social. O Portal Difusora News solicitou nota sobre os auxílios e o apoio da Prefeitura de Pedro do Rosário, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

A dor de Luís Fernando e dos irmãos é uma ferida que nunca sara por completo, mas com o apoio adequado, o processo de cicatrização pode ser muito mais efetivo.

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